Brasil registra R$ 1,7 trilhão em criptomoedas em 2023
O Brasil tem se destacado no cenário das criptomoedas, movimentando US$ 318,8 bilhões (cerca de R$ 1,7 trilhão) entre julho de 2024 e junho de 2025. Essa marca representa um crescimento impressionante de 109,9% em relação ao período anterior. Com isso, o país se consolida como líder na América Latina.
Um estudo recente da Chainalysis revelou que, na região, o Brasil está na frente. Na sequência, temos a Argentina com US$ 93,9 bilhões, o México com US$ 71,2 bilhões, a Venezuela com US$ 44,6 bilhões e a Colômbia com US$ 44,2 bilhões. Esses números mostram como o Brasil se posiciona não apenas regionalmente, mas também globalmente quando se fala em adoção de criptomoedas.
De acordo com o relatório “2025 Geography of Cryptocurrency Report”, o Brasil figura entre os cinco países com maior grau de adoção de cripto no mundo. Isso é medido através de dados coletados tanto online quanto offline. Essa evolução destaca a importância do Brasil na dinâmica global de criptomoedas.
Esse crescimento no Brasil é generalizado. O relatório nota que todas as faixas de valor de transferência cresceram, indicando uma maturidade no uso das criptos, não só por grandes investidores, mas também pelo público em geral. As stablecoins têm sido fundamentais nesse processo. Mais de 90% das transações de criptomoedas no Brasil estão relacionadas a esses ativos, principalmente em pagamentos e remessas internacionais.
Além disso, o Brasil se destaca nas compras de criptomoedas usando a moeda local. A América Latina, como um todo, movimentou quase US$ 1,5 trilhão no mesmo período, apresentando um padrão de crescimento que, embora volátil, se mostra crescente. Os números variaram de US$ 20,8 bilhões em julho de 2022 a um recorde de US$ 87,7 bilhões em dezembro de 2024, com vários meses superando US$ 60 bilhões no final de 2024 e começo de 2025.
As exchanges centralizadas, conhecidas como CEXs, também têm grande influência na movimentação da região. Aproximadamente 64% das transações na América Latina ocorrem nessas plataformas, ficando apenas atrás do Oriente Médio e Norte da África, que apresentam 66%.
Por fim, o marco regulatório brasileiro tem ganhado destaque, com diversas leis já aprovadas e outras em andamento, prometendo um ambiente cada vez mais seguro e estruturado para quem investe e negocia em criptos.