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Brasil se destaca em pagamentos com criptomoedas para os EUA

Um estudo recente da Reown trouxe à tona informações interessantes sobre o uso de criptomoedas no Brasil. De acordo com a pesquisa, o Brasil é o líder em pagamentos em criptomoedas na América Latina, principalmente nas remessas que têm destino aos Estados Unidos. Isso coloca o país à frente de outros na adoção dessa tecnologia para transações financeiras onchain.

O relatório, intitulado The State of Onchain Payments 2025, destaca que o emprego de stablecoins é a principal aplicação das criptomoedas por aqui, tanto para remessas quanto para pagamentos de empresas. O estudo aponta que a clareza na regulação e as taxas de transação menores têm atraído cada vez mais brasileiros para esse novo jeito de mover dinheiro.

A pesquisa realizada pela Reown, em parceria com a WalletConnect Foundation, contou com a participação de mais de mil pessoas e também analisou dados de mais de 300 milhões de sessões na WalletConnect. Um dado curioso: 75% dos participantes preferem deixar suas criptomoedas em corretoras em vez de armazená-las em carteiras digitais.

Envio de criptomoedas pelo Brasil para Estados Unidos e América do Sul

O estudo revela que o Brasil não só se destaca por sua quantidade de transações, mas também supera países como Argentina e Colômbia no uso de criptomoedas. As remessas para os Estados Unidos e outros países da América do Sul estão migrando rapidamente para redes onchain. Com isso, as taxas que antes variavam entre 6% e 9% agora caíram para valores próximos de 0,5% a 3%.

As stablecoins como USDC e USDT são as mais utilizadas, especialmente em transferências entre empresas e na chamada gig economy, que abrange freelancers e autônomos. Muitas plataformas internacionais já consideram o Brasil como um dos principais centros de liquidação em stablecoins no hemisfério sul.

Nova onda de adoção das criptomoedas deve vir dos pagamentos

Na conclusão do estudo, Jess Houlgrave, a CEO da Reown, ressaltou que ainda existem muitas barreiras para as criptomoedas como forma de pagamento. No entanto, ela acredita que a próxima grande onda de adoção não virá do trading, mas sim do uso efetivo das criptomoedas para pagamentos.

Ela afirma que “os próximos 100 milhões de usuários de criptomoedas não virão apenas por meio de negociações. Eles chegarão através de experiências de pagamento que sejam intuitivas, integradas e reais.”

Esses dados mostram que, além dos números, o Brasil está se posicionando de maneira significativa no cenário das criptomoedas e pode se tornar uma referência ainda maior na adoção dessa tecnologia.

Rafael Cockell

Administrador, com pós-graduação em Marketing Digital. Cerca de 4 anos de experiência com redação de conteúdos para web.

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