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BTC enfrenta sequência histórica de perdas e cai para US$ 85 mil

O Bitcoin enfrenta um momento desafiador, acumulando sua quarta perda semanal seguida. Essa é a sequência de quedas mais prolongada desde junho de 2024, mesmo com algumas tentativas de recuperação após as perdas da semana passada.

A situação atual do Bitcoin mostra que, no quarto trimestre, ele pode estar enfrentando seu pior desempenho desde 2018, com uma queda de 24,43% até agora. No início da segunda-feira (24), a moeda digital estava sendo negociada a US$ 85.951, com uma leve queda de 0,4% nas últimas 24 horas. Quando olhamos para o mercado brasileiro, o preço é de R$ 466.300.

O analista Sean Dawson, da plataforma de análise Derive, comentou sobre a expectativa para o próximo mês: “Espero um trajeto turbulento até o Natal”. Apesar do cenário pessimista, alguns indicadores no mercado mostram que ainda há interesse por parte dos investidores.

Um deles é o delta agregado de compra e venda no mercado à vista, que subiu para o segundo nível mais alto de 2025. Isso sugere que, durante as quedas, os compradores estão entrando no mercado, absorvendo a pressão vendedora. A última vez que vimos uma alta nesse indicador após um período de baixa, em março e abril, resultou em um aumento de 64%.

De olho nos juros dos EUA

O desempenho atual do Bitcoin está bastante alinhado com as expectativas sobre a política monetária do Federal Reserve, que está sendo reavaliada. As chances de um corte na taxa de juros em dezembro aumentaram de 40% para quase 70% na última semana.

No entanto, Dawson não está tão otimista. Ele acredita que, embora existam sinais de melhoria, é importante ter cautela: “O pessimismo chegou ao auge, mas não podemos nos deixar levar por uma armadilha de alta”. Ele observa que muitos fundos de tesouraria de ativos digitais estão sendo negociados abaixo do seu valor justo, o que limita sua capacidade de compra. A situação é similar com os ETFs de Bitcoin e Ethereum, que também estão no vermelho.

Essa sensação de incerteza é ainda mais reforçada pelos temores de inflação persistente. Esses fatores podem tornar a implementação de um afrouxamento monetário mais lenta do que o esperado.

O que vem a seguir?

Apesar das dificuldades, Dawson tem uma visão positiva a longo prazo, acreditando que o Bitcoin pode chegar a US$ 100.000 até o primeiro trimestre de 2026. Contudo, ele é realista sobre o restante de 2025, alertando para uma assimetria negativa no mercado de opções, com muitos investidores comprando opções de venda para se proteger de quedas.

Nesse contexto, o especialista prevê que o Bitcoin poderia retornar para a faixa média ou alta dos US$ 70.000 antes de uma possível recuperação para algo em torno de US$ 90.000 no final do ano, desde que o Federal Reserve não adote uma postura muito agressiva.

O sentimento do mercado ainda está marcado por “medo extremo”, mas a recuperação do último fim de semana trouxe um pouco de esperança. As decisões do Fed, que incluem o fim do aperto quantitativo e uma nova definição da taxa de juros em dezembro, serão fundamentais para o futuro do Bitcoin e do mercado financeiro em geral.

Rafael Cockell

Administrador, com pós-graduação em Marketing Digital. Cerca de 4 anos de experiência com redação de conteúdos para web.

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