Apesar de uma queda de mais de 3% nesta segunda-feira, fazendo com que o preço do Bitcoin (BTC) recuasse para US$ 114 mil, muitos analistas ainda apostam em uma nova alta histórica da criptomoeda. Para o especialista do canal The Modern Investor, essa oscilação é uma correção normal e deve ser encarada como uma preparação para o que está por vir.
Vários fatores estão animando o mercado. Um deles é o crescente interesse de grandes empresas e fundos institucionais, que estão anunciando investimentos bilionários em ativos digitais. Por exemplo, o Phoenix Group, uma mineradora de Abu Dhabi, anunciou a criação de uma reserva estratégica de US$ 150 milhões, composta por 514 Bitcoins e mais de 630 mil unidades de Solana. Essa é a primeira empresa listada na bolsa de Abu Dhabi a criar uma tesouraria de criptoativos, adotando uma visão de longo prazo. O resultado? As ações do grupo dispararam 72% entre abril e junho, tornando-se uma das mais negociadas na bolsa local.
Nova alta histórica do BTC em perspectiva
Além disso, mudanças regulatórias nos Estados Unidos têm despertado novas esperanças nos investidores. A Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC) aprovou uma alteração que permite a criação e o resgate de ETFs de Bitcoin e Ethereum baseados em ativos digitais. Isso significa que agora os investidores poderão aplicar e retirar valores diretamente com criptomoedas, o que pode transformar a maneira como o mercado de capitais se integra ao setor digital no futuro.
O analista do The Modern Investor ressaltou que esse movimento institucional está longe de ser isolado. Muitas empresas e fundos estão retirando grandes quantidades de Bitcoin e Ethereum das exchanges e transferindo esses ativos para carteiras de longo prazo. Esse processo reduz a liquidez circulante, criando uma pressão de demanda que pode levar a aumentos significativos de preço quando o interesse no ativo se mantém elevado. Com empresas como BlackRock e MicroStrategy ampliando suas posições, essa dinâmica tende a se intensificar.
Impacto além da cotação
O especialista ainda enfatizou que o impacto do Bitcoin vai além das flutuações de preço. O crescimento da percepção de que o BTC pode emergir como uma referência global, similar ao dólar, está se consolidando. Executivos da Bolsa de Nova York e da Nasdaq já expressaram que acreditam que a moeda digital pode se transformar em uma unidade de reserva internacional, especialmente em um cenário de inflação persistente e juros elevados.
De acordo com o analista, o Bitcoin está passando por um momento decisivo. Antes, sua valorização dependia quase que exclusivamente de investidores individuais. Hoje, a forte presença de instituições e até governos constrói uma base sólida que pode suportar a próxima onda de valorização. Ele acredita que estamos vivendo uma transição importante, onde o Bitcoin deixou de ser apenas uma especulação e já faz parte do sistema financeiro global.
Embora os sinais de alta estejam mais evidentes, o especialista alerta que ainda há espaço para correções a curto prazo, dado que a volatilidade é inerente ao mercado. Contudo, os fundamentos de longo prazo permanecem otimistas, com entradas recordes em ETFs, redução da oferta em exchanges e um aumento na adoção institucional.
Essa dinâmica do mercado mostra que o interesse por criptomoedas não é passageiro, mas sim uma mudança que está se consolidando com o tempo.
