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ChatGPT analisa queda do BTC nesta quarta-feira

O Bitcoin, a maior criptomoeda do mundo, acabou de passar por uma nova queda, com uma desvalorização de 1,46% no dia, fechando a cotação em US$ 113.686. Essa queda se torna ainda mais significativa quando olhamos para a semana, onde a moeda já acumulou uma perda de 5,36%. Mas quais são as razões para essa oscilação?

Uma análise aponta que a situação não é fruto de um único fator isolado, mas sim de uma mistura de questões institucionais, técnicas e macroeconômicas. Segundo informações trazidas pelas análises de mercado, a pressão vendedora, especialmente de fundos institucionais, tem sido responsável por essa movimentação recente.

Em um dia apenas, no dia 19 de agosto, os ETFs de Bitcoin à vista nos Estados Unidos sofreram um impacto significativo, com saídas líquidas de US$ 523 milhões. Esse foi o maior fluxo negativo desde julho. Empresas como a Fidelity e a Grayscale lideraram as retiradas, com perdas de US$ 247 milhões e US$ 115 milhões, respectivamente. Com menos demanda para compra e mais oferta no mercado, o preço do Bitcoin acabou sendo afetado.

Por que o BTC caiu hoje

Além da pressão de venda, aspectos técnicos também pesaram na situação. O Bitcoin perdeu um suporte importante de US$ 118.859 e ficou abaixo da média móvel de sete dias, que estava em US$ 117.590. Essa movimentação acabou ativando ordens automáticas de venda, resultando em US$ 102 milhões em liquidações de posições compradas em somente 24 horas. O indicador MACD mostrou um viés negativo e o RSI (Índice de Força Relativa) estava em 40, ainda distante da região de sobrecompra.

Se o preço não se manter acima de US$ 111.943, a situação pode piorar, com o Bitcoin podendo alcançar a faixa de US$ 110 mil. Na esfera macroeconômica, o governo dos Estados Unidos anunciou novas tarifas de importação que variam entre 10% e 41%, reforçando a força do dólar. Isso afetou ativos de risco, como o Bitcoin, já que investidores tendem a buscar segurança em ativos mais estáveis, como a moeda americana.

No entanto, é importante destacar que, se a tensão na guerra comercial aumentar, o Bitcoin pode ser visto como uma proteção contra a inflação, algo percebido especialmente em tempos de incerteza global.

Mãos fracas x baleias

Outro aspecto que merece atenção é o comportamento de investidores de curto prazo. Dados recentes mostram que esses investidores começaram a liquidar suas posições com prejuízo, algo que não ocorria desde janeiro de 2025. Esse movimento pode indicar um possível reset no mercado, onde os chamados “mãos fracas” deixam o ativo, abrindo espaço para entrantes mais confiantes.

Curiosamente, enquanto investidores menores estão vendendo, as “baleias” — grandes investidores — continuam acumulando Bitcoin. Relatórios indicam que compraram cerca de 20 mil BTC durante essa correção, o que sugere que veem o momento atual como uma oportunidade a médio prazo.

Essa divergência entre as vendas do varejo e a acumulação institucional sugere que o mercado está passando por um momento de transição, com diferentes percepções sobre o futuro do ativo.

Suportes imediatos

Para aqueles que acompanham o Bitcoin, muitos analistas consideram a queda atual uma correção natural após uma alta significativa. Mesmo com essa queda, o Bitcoin ainda tem uma alta acumulada de 86% no ano. O suporte imediato é de US$ 113 mil, e as faixas entre US$ 112 mil e US$ 110 mil são zonas cruciais para evitar uma queda mais acentuada.

Os investidores também estão de olho no discurso do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, que acontecerá em Jackson Hole no dia 22 de agosto, além de dados sobre a inflação nos Estados Unidos, que podem impactar diretamente as direções do mercado.

Rafael Cockell

Administrador, com pós-graduação em Marketing Digital. Cerca de 4 anos de experiência com redação de conteúdos para web.

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