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China responde por 14% da mineração de Bitcoin, aponta Reuters

Embora a China tenha colocado um fim na mineração de Bitcoin em 2021, novos dados indicam que a atividade está voltando ao país de forma discreta. Um artigo da Reuters destaca que, atualmente, a China já é responsável por 14% da mineração global de Bitcoin, ocupando a terceira posição no ranking mundial, atrás apenas dos Estados Unidos e da Rússia.

No início deste mês, Donald Trump comentou que a China está “entrando pesado” nas criptomoedas. E, para adicionar à tensão, a Bloomberg revelou que os EUA estão investigando a Bitmain, uma das principais fabricantes de equipamentos de mineração.

China reaparece como 3º maior minerador de Bitcoin do mundo

Em maio de 2021, quando a China baniu a mineração de Bitcoin, muitos mineradores precisaram mudar seus equipamentos para outros países. Isso causou uma grande queda no valor das criptomoedas.

No entanto, uma nova reportagem da Reuters mostra que a mineração tem voltado ao país, mesmo com a proibição ainda vigente. Dados do Hashrate Index revelam que, entre os países, os EUA lideram com 37,7% do hashrate do Bitcoin, seguidos pela Rússia com 15,5%.

O site Hashrate Index fornece uma visão detalhada da operação, baseando-se em informações de pools de mineração e negociações de equipamentos. Em 2023, o Wall Street Journal já havia identificado que a China representava o maior mercado da Binance, um dos maiores exchanges do mundo.

As vendas da Canaan, a segunda maior fabricante de máquinas de mineração, indicam essa retomada. Sua receita na China saltou de apenas 2,8% em 2022 para 30,3% em 2024. A empresa confirmou que, apesar da proibição, atividades de pesquisa, desenvolvimento e venda de máquinas são permitidas.

Mineradores na região de Xinjiang relataram que estão optando pela área por conta dos custos baixos de eletricidade. Um deles afirmou: “Muita energia não pode ser transmitida para fora de Xinjiang, então você a consome na forma de mineração de criptomoedas. Novos projetos de mineração estão em construção.”

Outros países que se destacam na mineração incluem o Paraguai (3,9%), Omã e Canadá (ambos com 2,9%), além de Cazaquistão (2,1%), Etiópia (1,9%), Indonésia (1,6%) e Noruega (1,4%). O Brasil, embora esteja em ascensão, representa apenas 0,3% do hashrate.

Esses dados refletem uma descentralização significativa na mineração de Bitcoin, mostrando que ela é realizada em diversas regiões do mundo.

Rafael Cockell

Administrador, com pós-graduação em Marketing Digital. Cerca de 4 anos de experiência com redação de conteúdos para web.

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