A China está retomando seu papel de destaque na mineração de Bitcoin, depois de ter banido a atividade em 2021. Dados recentes mostram que o país agora ocupa 14% do mercado, ocupando a terceira posição no ranking global. Isso é impressionante, especialmente considerando que, há alguns anos, a participação da China era praticamente zero.
Um sinal claro dessa recuperação é que o país representou 30% das vendas da Canaan em 2024, uma das maiores fabricantes de máquinas de mineração do mundo. Para se ter uma ideia, esse número was apenas 2,8% no ano anterior. Fontes dentro da empresa projetam que, em 2025, a China poderá ser responsável por mais de 50% das vendas da Canaan.
Além disso, um relatório da CryptoQuant, especialista em análises de criptomoedas, indica que atualmente, 15% a 20% da capacidade de mineração global de Bitcoin está operando na China. Isso demonstra um claro movimento de recuperação na indústria.
China se reaproxima das criptomoedas
A volta da China à mineração não é por acaso. Fatores como a alta histórica no preço do Bitcoin e um cenário econômico instável têm influenciado essa mudança. Também há uma percepção crescente de que o governo chinês adotou uma postura mais positiva em relação às criptomoedas.
Um exemplo é a recente aprovação da lei sobre stablecoins em Hong Kong, que começou a valer em agosto. Essa legislação permite que a cidade se posicione como concorrente dos Estados Unidos na criação de um mercado regulado para criptomoedas lastreadas em moedas fiduciárias.
Rumores sugerem que a China está considerando permitir o uso de stablecoins atrelados ao yuan, com o objetivo de aumentar a adoção da moeda nacional e manter-se atualizada com as inovações do setor nos Estados Unidos.
Wang, um minerador da região de Xinjiang, informou à mídia que começou a minerar no fim do ano passado, aproveitando o excedente de energia elétrica da sua região. Ele explicou: “Muita energia não pode ser transmitida para fora de Xinjiang, então você a consome na forma de mineração de criptomoedas.” O minerador também comentou que novos projetos de mineração estão em fase de desenvolvimento, ressaltando que a galera busca locais onde a eletricidade é mais barata para essa atividade.
As transformações na mineração de Bitcoin na China refletem um cenário em constante evolução. Esse movimento pode impactar não só o mercado interno, mas também a dinâmica global das criptomoedas.
