Notícias

Ciclo do bitcoin pode enfrentar desafios da dívida tradfi

Um dos grandes temas em discussão nas finanças atuais é o refinanciamento da dívida global. Até 2026, as economias avançadas devem enfrentar um vencimento de aproximadamente US$ 33 trilhões em dívidas. Isso significa que muitas empresas e governos vão precisar renovar seus empréstimos em um cenário de custos elevados. Essa situação pode afetar a liquidez do mercado e pressionar ativos de risco.

Além disso, as previsões indicam que a liquidez global deve atingir seu pico até o fim de 2025, o que frequentemente precede momentos de tensão no mercado. E quando falamos de mercados em alta, frequentemente lembramos que esses ciclos costumam durar cerca de 18 a 19 anos. O atual, que começou em 2009, pode se estender até 2028, apesar de já enfrentarmos algumas turbulências pelo caminho.

Outro ponto interessante de se observar é a situação do Bitcoin. Muitos especialistas afirmam que o ciclo de quatro anos do Bitcoin pode ter chegado ao fim. Fatores como a mineração de 95% dos Bitcoins e o aumento de empresas que mantêm essa criptomoeda em seus balanços está mudando a dinâmica do mercado. O Bitcoin já não se comporta como uma realidade isolada, mas sim como parte de um contexto financeiro mais amplo.

O ciclo de refinanciamento: Um teste de estresse em 2026

Atualmente, a dívida global já soma cerca de US$ 315 trilhões. Aproximadamente US$ 50 trilhões precisam ser refinanciados a cada ano. O grande teste ocorrerá em 2026, com um aumento significativo nas dívidas que precisam ser renovadas nas economias desenvolvidas. Essa “muralha de vencimentos” pode sobrecarregar tanto governos quanto empresas, especialmente aquelas com um crédito mais frágil.

Esse cenário poderá gerar um impacto real sobre ativos de risco, como ações e até mesmo criptomoedas. Com menos liquidez disponível, os investidores podem encontrar dificuldades para garantir financiamento. E mesmo que os bancos centrais decidam cortar juros, esses números ainda estarão bem acima dos níveis de anos anteriores, tornando a situação complicada para empréstimos e investimentos de maior risco.

Para o Bitcoin, esse estresse pode coincidir com a fase final de seu ciclo de baixa. A falta de uma expansão significativa da liquidez global poderia levar a um cenário desafiador.

Os ciclos de liquidez podem se apertar em 2026?

Atualmente, a liquidez global ainda está crescendo, com um aumento de 7% nos últimos meses. As reservas dos principais bancos centrais estão robustas, mas essa situação pode mudar rapidamente. O índice de liquidez global passou por um fundo em dezembro de 2022 e agora projeta um pico até o final de 2025.

Historicamente, picos de liquidez costumam anteceder momentos de volatilidade no mercado. Quando a oferta de financiamento se contrai, é comum que investidores vendam ativos de risco, provocando uma instabilidade preocupante.

Caso a liquidez comece a diminuir em 2026, isso poderá impactar diretamente o Bitcoin, intensificando ainda mais o mercado de baixa que já está em andamento. Porém, se os bancos centrais precisarem injetar liquidez para lidar com as pressões da dívida, isso pode reacender o otimismo e trazer novos ares para o Bitcoin.

As tendências seculares podem atingir o auge em 2028

Além de entender a liquidez, é importante ficar de olho nos ciclos de mercado de longo prazo. O mercado atual, que começou em 2009, já passou por 16 anos. Tendências passadas indicam que, talvez, este ciclo tenha mais algumas acelerações pela frente.

Os especialistas sugerem que a comparação atual é mais parecida com a década de 1960 do que com o “boom” dos anos 1990. A expectativa é que possamos observar um pico desse ciclo por volta de 2028, seguindo padrões históricos.

Para o Bitcoin, isso pode indicar um período de mercado de baixa menos severo em 2026 e uma possível recuperação nos anos seguintes, especialmente em 2028, que é o ano do próximo halving.

Nessa jornada, fatores como dívidas, liquidez e o comportamento dos investidores vão interagir de maneiras inesperadas. Cada movimento no mercado é influenciado pela soma dessas forças, mostrando que será necessário um olhar atento para o que está por vir, tanto para o Bitcoin quanto para as finanças como um todo.

Rafael Cockell

Administrador, com pós-graduação em Marketing Digital. Cerca de 4 anos de experiência com redação de conteúdos para web.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo