As exchanges centralizadas de criptomoedas, também conhecidas como CEXs, podem estar com os dias contados. Essa é a previsão de Sergej Kunz, fundador da plataforma descentralizada 1inch. Segundo ele, as CEXs vão dar espaço a agregadores de finanças descentralizadas, mais conhecidos como DeFi.
Durante uma entrevista na Token2049, realizada em Singapura, Kunz compartilhou que esse processo de transformação deve acontecer gradualmente nos próximos cinco anos. Hoje, as exchanges operam de forma centralizada, mas a expectativa é que evoluam para exchanges descentralizadas (DEXs) em um futuro próximo.
Kunz acredita que essa mudança afetará todas as plataformas, incluindo gigantes como Binance e Coinbase. Mesmo que sejam grandes, a transição para DEXs parece ser uma questão de tempo. “Acho que levará de cinco a 10 anos”, afirmou ele.
Para Kunz, as CEXs ainda são mercados isolados, enquanto a 1inch e seu agregador funcionam como um hub global de liquidez. A ideia é que, em breve, a distinção entre CEX e DEX operacional deixará de existir, e todas as plataformas poderão operar de forma descentralizada.
Recentemente, a 1inch anunciou um acordo com a Coinbase, uma das principais exchanges de criptomoedas nos Estados Unidos. Nesse acordo, a Coinbase vai integrar a 1inch para oferecer negociações descentralizadas aos seus usuários.
Descentralização das finanças
A transformação das exchanges tradicionais em DEX representa um grande passo para a soberania financeira e a liberdade de uso das criptomoedas, impactando todo o mercado. As CEXs, ainda que facilitadoras na compra e venda, apresentam riscos de segurança significativos.
Um desses riscos está relacionado à custódia das criptomoedas, que fica sob responsabilidade da própria CEX. Isso a torna um alvo para hackers à procura de roubos. Casos de ataques a plataformas como Bybit, WazirX e Bitfinex são exemplos claros de que essas exchanges representam riscos altos e dificultam a soberania financeira.
Já as DEXs não fazem a custódia das criptomoedas dos usuários e funcionam de maneira descentralizada, sem um ponto único de controle. Isso garante uma proteção maior contra roubos e assegura a negociação de criptomoedas sem comprometer a autonomia dos usuários.
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