A Coinbase está dando mais um passo na sua expansão ao escolher a CCIP da Chainlink como a solução preferencial para conectar seus ativos como cbBTC, cbETH e cbXRP a novas blockchains. Essa decisão faz parte da estratégia da empresa para criar ativos que possam ser facilmente transportados e seguros em diferentes redes, ajudando a formar um ecossistema mais integrado.
Atualmente, os ativos encapsulados da Coinbase têm um valor total em torno de US$ 7 bilhões. Com a parceria com a Chainlink, esses tokens vão conseguir se movimentar entre diferentes redes de forma mais rápida e segura, sem depender dos modelos tradicionais de ponte, que costumam ser mais suscetíveis a problemas de segurança.
CCIP Facilita Integração entre Redes
A Coinbase descreve a CCIP como sua “solução exclusiva de bridging”. Essa tecnologia se apoia em “pools de tokens auditados” e contratos inteligentes, permitindo transferências seguras de valor entre redes. Esse método é uma melhoria em relação aos modelos tradicionais de pontes que, historicamente, enfrentam muitos ataques no setor.
Josh Leavitt, diretor sênior de produto da Coinbase, enfatizou que a escolha da Chainlink é uma estratégia baseada na reputação da empresa no mercado. “A infraestrutura deles oferece um meio confiável para expandir nossa linha de Wrapped Assets“, comentou o executivo.
Desde seu lançamento em fase beta em 2023, a CCIP cresceu de forma rápida, funcionando em todo o ecossistema EVM e também em redes alternativas como Solana, Monad e Aptos. Além disso, o sistema já foi testado com sucesso em um piloto global pela rede Swift, envolvendo instituições financeiras.
Base, Solana e Novas Oportunidades para a Coinbase
Essa integração acontece algumas semanas após a Base, a rede incubada pela Coinbase, lançar sua primeira ponte oficial para a Solana, utilizando novamente a tecnologia da Chainlink. Essa colaboração não é novidade, já que a Chainlink já fornece feeds de dados e canais de comunicação em várias iniciativas da Coinbase.
Os Wrapped Assets da Coinbase funcionam como versões tokenizadas de criptomoedas que a empresa mantém em reserva na proporção de 1:1. Isso assegura que cada unidade de cbBTC ou cbXRP esteja realmente respaldada pelo ativo original sob custódia da plataforma.
De acordo com a Chainlink, o protocolo CCIP utiliza as mesmas redes de oráculos que “protegem mais de 70% do DeFi global”, envolvendo mais de US$ 27 trilhões em volume de transações. Essa estrutura contribui para a diminuição de riscos, criando um ambiente confiável para transferências entre diferentes blockchains.
Com essa parceria, a Coinbase está se preparando para aumentar sua presença em transações entre múltiplas redes. A expectativa é que, ao facilitar o fluxo de ativos wrapped, a empresa consiga ampliar a liquidez de seus produtos e explorar novas possibilidades de uso no mercado.
