Notícias

Colapso das criptomoedas gera pânico com novas liquidações

O mercado de criptomoedas passou recentemente por um dos momentos mais intensos desde a grande correção de 2021. Para você ter uma ideia, mais de US$ 9,4 bilhões em posições alavancadas foram liquidadas, sendo que US$ 6 bilhões desapareceram em menos de uma hora. Esse movimento trouxe uma onda de choque tanto entre os traders quanto nas exchanges.

A Stock Market News destacou: “acabamos de testemunhar história”. E a verdade é que a situação foi tão impactante que deixou todos apreensivos sobre o futuro do mercado.

Colapso instantâneo: um mercado ‘nocauteado’

A liquidação em massa começou durante a madrugada, logo após o Bitcoin despencar 12% em poucas horas, estabilizando-se abaixo dos US$ 110 mil. As altcoins, como é de se esperar, sofreram ainda mais, com alguns tokens caindo entre 20% e 30% rapidinho. No fim das contas, o que aconteceu foi um dos maiores colapsos de liquidez da história, muito parecido com os eventos mais críticos de 2021.

O estopim para essa queda foi um anúncio do ex-presidente Donald Trump, que confirmou novas tarifas sobre produtos chineses. Essa notícia abalou os mercados globais, gerando uma onda de aversão ao risco e levando os traders a liquidar suas posições rapidamente.

Traders de altcoin revivem o trauma de 2021

Os veteranos do setor rapidamente perceberam que a situação lembrava muito o que vivemos em maio de 2021. As exchanges ficaram sobrecarregadas, ordens automáticas de venda foram executadas em cascata, e algoritmos de alta frequência deixaram o pânico ainda pior. Muitas plataformas de derivativos até apresentaram instabilidade temporária.

O analista Scott Melker, conhecido como The Wolf of All Streets, comentou: “É quase certo que algum grande formador de mercado explodiu hoje.” Essa comparação com 2021 não é em vão, pois o nível de alavancagem no mercado já estava nas máximas dos últimos dois anos, fazendo com que o efeito dominó fosse ainda mais forte quando os preços começaram a cair.

Ouro sobe enquanto o BTC afunda

No meio de tanta queda, o ouro, aquele ativo que já foi visto como refúgio em tempos de crise, viu seu valor subir. Enquanto o Bitcoin despencava, o ouro registrou um aumento de 3% em um único dia. Isso gerou um debate interessante sobre o status do BTC como um “porto seguro”.

Apesar de bancos como o JPMorgan acharem que BTC e ouro têm papéis semelhantes na proteção contra a desvalorização, o comportamento do mercado mostrou que a confiança em criptomoedas ainda é algo a se desenvolver.

Um trader oportunista e o ‘golpe de sorte’ de US$ 88 milhões

Por outro lado, nem todo mundo saiu prejudicado. Um trader anônimo conseguiu um lucro impressionante de US$ 88 milhões ao abrir uma posição vendida (short) apenas 30 minutos antes do anúncio das tarifas de Trump. A conta foi criada no mesmo dia, e isso gerou especulações sobre um possível vazamento de informações ou apenas uma feliz coincidência.

Esse episódio ilustra bem como os mercados de cripto continuam vulneráveis a eventos externos e à especulação rápida. O timing, mais do que qualquer outra coisa, é o que faz a diferença entre ganhar ou perder.

Colocando em perspectiva

Se você olhar para os US$ 9,4 bilhões em liquidações, pode parecer um número tremendo. Mas é bom lembrar que o mercado cripto é maior hoje do que há quatro anos. Em 2021, seu valor total girava em torno de US$ 2 trilhões; atualmente, passa de US$ 4,2 trilhões. Isso significa que, em proporção, os impactos são menores, mesmo que emocionalmente pesados para quem opera alavancado.

Essa situação serve como um lembrete importante sobre os riscos de operar com margem e como as mudanças geopolíticas podem afetar diretamente os ativos digitais. Mesmo em um ambiente que parece mais institucionalizado, a volatilidade continua sendo a essência do mercado.

Como um analista bem colocou: “O mercado cripto não é para os fracos. O uso de alavancagem, somado à política e às emoções, cria a mistura mais explosiva do setor.”

Rafael Cockell

Administrador, com pós-graduação em Marketing Digital. Cerca de 4 anos de experiência com redação de conteúdos para web.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo