A cotação do Bitcoin (BTC) está em um momento de atenção. Atualmente, a moeda digital gira em torno de US$ 111,8 mil, após uma leve recuperação que a levou a US$ 113,3 mil. Isso após ter caído para uma mínima de US$ 107,2 mil. Essa instabilidade levanta a questão: será que o BTC realmente vai conseguir chegar a US$ 120 mil nos próximos dias? O analista Alex Adler Jr, da CryptoQuant, não vê essa possibilidade como algo imediato.
Suporte Precarizado entre US$ 110 mil e US$ 111 mil
Adler observa que o panorama atual do mercado é mais neutro, com um viés ligeiramente negativo. O suporte significativo do Bitcoin está entre US$ 110 mil e US$ 111 mil. Se o preço romper essa faixa, o ativo pode despencar para US$ 107 mil, um nível que, segundo ele, serve como suporte mais sólido. Se essa barreira também for quebrada, podemos ver o BTC vagar em níveis em torno de US$ 105 mil. Para quem deseja que o Bitcoin suba, a resistência imediata está em US$ 113 mil. Passar dessa linha poderia abrir espaço para um teste em US$ 115 mil a US$ 116 mil. Por enquanto, o cenário se mantém na lateralidade, com riscos de quedas.
A Existência de Pressão Vendedora
Um ponto a ser observado nesta semana é o momentum de 30 dias, que está em −5%. É uma leve melhora em relação à semana anterior, mas ainda em território negativo. Isso significa que, embora a pressão de vendas esteja diminuindo, os compradores ainda não conseguiram tomar conta. Para realmente virar o jogo, seria necessário que esse momentum subisse para 0% ou até +8%. Até que isso aconteça, o que vemos é uma consolidação com viés de baixa.
O nível de ‘Max Pain’, que é onde os contratos estão mais confortáveis para vencimento, está em US$ 112 mil. Isso sugere que o preço deve se manter nessa região até o vencimento. Além disso, embora haja certa concentração de opções de compra entre US$ 122 mil e US$ 126 mil, não é suficiente para mudar o quadro. Adler observa que, mesmo que haja otimismo, o efeito do Max Pain pode frear ascensões rápidas.
Atividade On-chain em Retração
Uma análise dos dados da rede aponta para um cenário cauteloso. O número de carteiras ativas caiu 6%, a taxa de hash caiu mais de 7%, e o volume de transações encolheu cerca de 8%. Adler ressalta que esses indicadores mostram uma fraqueza na atividade on-chain, o que pode ser um sinal de que menos pequenos investidores estão entrando no jogo e que a movimentação entre mineradores também está reduzida. Porém, há um lado positivo: as reservas de Bitcoin em exchanges diminuíram 1,03%, o que pode indicar um suporte ao preço, já que menos moedas estão disponíveis no mercado.
Visão Geral para o Curto Prazo
Com todos esses dados em mente, Adler acredita que US$ 120 mil está fora de cogitação nesta semana. O mais provável é que o Bitcoin continue em uma faixa entre US$ 110 mil e US$ 115 mil, com possíveis testes em US$ 108 mil ou mesmo US$ 105 mil**. Para realmente buscar níveis mais altos, seriam necessários sinais de novos compradores entrando forte no mercado, algo que, até agora, ainda não se manifestou. A expectativa é de uma rotação cautelosa, sem grandes emoções, mantendo essa faixa de preços por um tempo.
