CPI da Íris convoca Felca após ignore da Receita e Banco Central
A CPI da Íris, que está rolando na Câmara Municipal de São Paulo, teve uma terça-feira (25) cheia de expectativa, mas com algumas ausências importantes. Nem os representantes da Receita Federal nem do Banco Central do Brasil compareceram à reunião. A comissão está investigando a atuação da empresa Tools For Humanity (TFH) na cidade, que está distribuindo a criptomoeda Worldcoin após escanear as íris dos cidadãos.
Os vereadores estão de olho em uma suposta “venda de íris em troca de criptomoedas”. Eles querem entender se as instituições federais estão atentas a esse movimento, especialmente depois das novas regulamentações que foram implementadas. O Banco Central, por exemplo, lançou três resoluções para regular o mercado de “ativos virtuais”, e os vereadores acreditam que é fundamental discutir essas normas em relação à proteção de dados dos brasileiros.
Por outro lado, a Receita Federal também atualizou suas diretrizes através de uma nova Instrução Normativa. A CPI espera explicações sobre como essas novas regras podem resguardar a privacidade dos envolvidos. Com a ausência dos representantes, a presidente da CPI da Íris, Janaina Paschoal, deixou claro que vai continuar chamando as autoridades para que compareçam e contribuam.
Ela afirmou: “O objetivo é que nos expliquem as normas recentes sobre moedas virtuais. Solicitei uma manifestação da Procuradoria da Casa sobre os limites da nossa CPI, que é municipal, em relação a órgãos federais. Parece que eles não estão dispostos a participar, mas vou insistir. Não dá para ignorar nosso convite.”
CPI da Íris busca diálogo com autoridades e convoca influenciador
Embora a falta dos representantes tenha sido notada, a CPI da Íris aprovou novos requerimentos durante a reunião. Agora, eles esperam que a Receita Federal e o Banco Central enviem alguém na próxima terça-feira (02/12). Paschoal reiterou a importância de um diálogo: “É só enviar um representante, não custa nada. Ignorar o nosso convite só porque somos uma CPI municipal é desnecessário.”
Além disso, a comissão analisou e aprovou outros requerimentos no intuito de apurar as atividades da TFH, principalmente no projeto World ID. Um dos chamamentos foi para Thomaz Fiterman Tedesco, defensor público de São Paulo, que deverá prestar depoimento.
Outro requerimento pediu que o CiberLab, ligado à Secretaria Nacional de Segurança Pública, forneça os nomes dos membros que se reuniram com a TFH. A CPI também intimou o influenciador Felipe Bressanim Pereira, conhecido como Felca, para dar esclarecimentos. A reunião, que durou menos de 10 minutos, concluiu com a aprovação dos requerimentos, mas o clima continua tenso aguardando respostas das instituições federais.





