Vários endereços ligados ao projeto Casascius, que trouxe à tona a ideia de um “Bitcoin físico” no começo da década de 2010, voltaram a ser movimentados na última quarta-feira (22). Juntas, essas carteiras movimentaram 9,5 BTC, o que corresponde a cerca de US$ 10,3 milhões (ou R$ 55,4 milhões), conforme informações extraídas da blockchain e divulgadas por um perfil relevante no assunto.
Esses endereços estavam inativos desde 2011, o que significa que os valores ficaram parados por mais de 14 anos antes de serem transferidos. Esse fato não apenas chama a atenção pelo montante, mas também pela sua carga histórica. Esses bitcoins fazem parte de um dos primeiros esforços para criar uma versão física da moeda digital, numa época em que o Bitcoin ainda era uma novidade para muitos.
O que foi o projeto Casascius
As moedas Casascius foram idealizadas entre 2011 e 2013 pelo desenvolvedor americano Mike Caldwell. Cada moeda era feita de latão, prata ou ouro e escondia, sob um holograma, a chave privada de um endereço de Bitcoin. Assim, quem tivesse a moeda poderia “resgatar” o valor digital vinculado àquela peça física.
O projeto, porém, foi interrompido em 2013, após o governo dos Estados Unidos impor restrições a emissões que se assemelhavam a moedas. Mesmo assim, as Casascius se tornaram itens de colecionador bastante valorizados, tanto pelo seu simbolismo quanto pela raridade dos bitcoins que guardam.
Na quarta-feira, essas nove moedas Casascius foram resgatadas e os valores transferidos para novos endereços. Embora o total movimentado tenha sido de 9,5 BTC, as transações se deram a partir de diferentes carteiras, e não de um único lugar. Esse tipo de movimentação é raro e geralmente indica que investidores de longo prazo estão reorganizando seus ativos ou transferindo fundos para carteiras mais seguras.
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