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Criptomoedas são tema de debate do BRICS sobre crime organizado

A cúpula do BRICS, realizada no último domingo (6) no Rio de Janeiro, trouxe um tema importante à tona: as criptomoedas. Na sua declaração final, os seis países que compõem o bloco — Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, além de novos membros como Irã e Etiópia — expressaram preocupação com o uso de tecnologias emergentes para atividades ilegais, especialmente no combate ao crime organizado e ao financiamento do terrorismo.

Os líderes reafirmaram seu compromisso em prevenir e combater fluxos financeiros ilícitos. A declaração menciona especificamente o uso de criptomoedas para fins ilegais. Importante frisar que essa inclusão não é uma crítica direta à tecnologia, mas sim um reconhecimento de que grupos criminosos podem usá-las de forma inadequada. O BRICS quer fortalecer a capacidade técnica, especialmente em países em desenvolvimento, para rastrear e investigar esses fluxos financeiros.

Além das criptomoedas, o documento destacou várias outras ameaças globais, como crimes cibernéticos, tráfico de pessoas, armas, drogas, corrupção e crimes ambientais. Também houve um foco na proteção da juventude contra recrutamentos por organizações criminosas, com apoio a projetos que promovem educação e inclusão social.

A cúpula reafirma o papel crescente do BRICS como um espaço estratégico para discutir segurança global, economia digital e desenvolvimento sustentável.

Blockchain no BRICS

Durante a presidência do Brasil no BRICS, há uma proposta em discussão sobre a criação de um sistema de pagamentos internacional que possa ser mais simples e acessível em comparação ao que temos hoje. A ideia é utilizar a tecnologia blockchain, que é a base das criptomoedas. No entanto, esse tema está sendo abordado com cautela, já que há preocupações de que uma movimentação nesse sentido possa ser vista como ameaça pelos Estados Unidos.

Os detalhes sobre como esse novo sistema funcionaria ainda são escassos. Uma reportagem destacou que a proposta tem o objetivo de melhorar a eficiência em contratos de importação e exportação, além de reduzir os custos nas transações entre os países do bloco.

Essas discussões estão longe de serem simples e prometem impactar não apenas os membros do BRICS, mas também a forma como lidamos com transações internacionais no futuro.

Rafael Cockell

Administrador, com pós-graduação em Marketing Digital. Cerca de 4 anos de experiência com redação de conteúdos para web.

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