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Criptomoedas voltam aos EUA com agenda de terceirização dos reguladores

As empresas de criptomoedas estão voltando a se instalar nos Estados Unidos, impulsionadas por uma mudança no clima regulatório. Após alguns anos de incertezas, figuras importantes estão criando um ambiente mais acolhedor para o setor, o que tem atraído a atenção de várias empresas.

Recentemente, o presidente da SEC, Paul Atkins, fez um discurso onde pediu esforços para trazer de volta as empresas de criptomoedas que deixaram o país. Ele reforçou a importância de fazer dos EUA um centro global para ativos digitais. Por sua vez, o secretário do Tesouro, Scott Bessent, declarou que estamos vivendo uma “era de ouro das criptomoedas” e incentivou os empreendedores a abrir seus negócios e contratar equipes por aqui.

Com esse novo panorama, muitas empresas de criptomoedas começaram a responder positivamente. Algumas estão transferindo operações do exterior para os EUA, enquanto outras, como Kraken e MoonPay, estão ampliando sua presença no mercado americano.

Empresas globais de criptomoedas registram retorno aos EUA

A combinação de discursos favoráveis às criptomoedas, leis mais claras e um clima regulatório mais estável está começando a dar frutos. Diversas empresas globais de criptomoedas estão retornando aos EUA, trazendo suas operações de volta.

Um ótimo exemplo é a Nexo, uma plataforma de empréstimos de criptomoedas da Bulgária, que anunciou seu retorno ao mercado americano depois de anos afastada. A empresa citou uma maior clareza nas regulamentações e uma abordagem mais amigável das agências federais.

No começo de maio, a Deribit, uma exchange de derivativos da Holanda, começou a explorar a entrada no mercado dos EUA. Outra notícia interessante é que a Wintermute, uma empresa de negociação algorítmica de Londres, inaugurou um escritório em Nova York no mesmo mês.

Em junho, a OKX, uma exchange registrada nas Seicheles, relançou suas operações nos EUA, estabelecendo uma nova sede em San Jose, Califórnia. Isso aconteceu após um acordo de US$ 500 milhões com autoridades locais, demonstrando um compromisso renovado com o crescimento americano.

Ainda em julho, a mineradora Bitmain, de Pequim, revelou planos para abrir uma unidade de produção de ASICs nos EUA até o início de 2026. Além disso, a empresa planeja estabelecer uma nova sede no Texas ou na Flórida até o final do terceiro trimestre, seguindo a tendência de outras gigantes do setor que também estão transferindo parte de sua produção para o país.

Empresas americanas crescem em casa

As americanas também estão surfando essa onda de otimismo. Kraken e MoonPay, que operam aqui, estão ampliando suas operações. Em junho, a Kraken decidiu mudar sua sede global para Cheyenne, Wyoming, atraída pela postura favorável do estado em relação às criptomoedas.

A MoonPay, que começou em Miami, abriu um novo escritório em Nova York e, em junho, anunciou que conseguiu licenças para operar em todos os 50 estados. Isso mostra como o cenário tem mudado rapidamente e como as empresas estão se aproveitando das novas oportunidades no ambiente regulatório dos EUA.

Rafael Cockell

Administrador, com pós-graduação em Marketing Digital. Cerca de 4 anos de experiência com redação de conteúdos para web.

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