El Salvador, o primeiro país a tornar o Bitcoin uma moeda oficial, está tomando medidas para proteger seu estoque de criptomoedas contra possíveis ameaças futuras, principalmente as que vêm da tecnologia quântica. No fim de semana, o governo começou a transferir suas reservas de BTC para novas carteiras.
A página oficial do The Bitcoin Office divulgou que o governo redistribuiu 6.283 bitcoins da reserva nacional em 14 novos endereços. Cada um deles está limitado a até 500 bitcoins, o que ajuda a aumentar a segurança. As movimentações no blockchain do Bitcoin podem ser acompanhadas na plataforma da Arkham.
Essa mudança visa fortalecer a segurança atual e se preparar para riscos tecnológicos que possam surgir mais à frente. A ideia é clara: dividir os fundos em múltiplos endereços reduz a exposição a ameaças. Um endereço de Bitcoin que não é utilizado, com sua chave pública ainda protegida, é menos vulnerável.
Para visualizar, imagine que ao invés de manter todo o dinheiro em um único cofre grande, você o distribui em vários cofres menores. Dessa forma, as fechaduras ficam ocultas, e nenhum deles guarda uma quantia excessiva de dinheiro. Assim, quando os fundos de um endereço são utilizados, suas chaves públicas podem ser reveladas, tornando-as vulneráveis. No entanto, ao dividir o valor em montantes menores, o impacto de um potencial ataque quântico diminui.
O governo de El Salvador também reconheceu que sua abordagem anterior – manter tudo em um único endereço – tinha o objetivo de garantir transparência. “Essa estratégia combina uma mitigação eficaz de risco quântico com um compromisso genuíno com a transparência, listando publicamente todos os endereços de reserva”, explicou o governo.
Dessa forma, El Salvador pode servir como um interessante caso para como as reservas soberanas de Bitcoin poderão ser geridas no futuro, unindo segurança e transparência.
El Salvador aprova Lei dos Bancos
Recentemente, o Congresso de El Salvador aprovou a Lei dos Bancos de Investimentos. Essa nova legislação permite que grandes instituições financeiras solicitem uma licença para oferecer serviços de criptomoedas, como Bitcoin, a “investidores sofisticados”.
A proposta traz inovações importantes para o sistema financeiro do país. De acordo com o governo, a lei integra operações com Bitcoin e outros ativos digitais ao marco regulatório vigente. “Isso permitirá expandir o mercado de capitais e ativos digitais, promovendo operações seguras e reguladas, com a supervisão do Banco Central e da Superintendência”, destacou a deputada Dania González na divulgação da nova normativa.
