El Salvador celebra quatro anos do Bitcoin e avalia resultados
O Escritório do Bitcoin de El Salvador está em festa! Eles celebram o “Dia do Bitcoin”, que marca a implementação da lei que tornou o Bitcoin (BTC) uma moeda de curso legal por lá, lá em setembro de 2021. E, para relembrar, o país acumula uma reserva de 6.313 BTC, que atualmente vale mais de US$ 702 milhões. Além disso, uma nova lei bancária foi criada, permitindo que bancos de investimento em BTC atendam a investidores mais experientes.
Recentemente, a agência também revelou que até 2025, cerca de 80.000 servidores públicos deverão receber certificação em Bitcoin. E tem mais: El Salvador agora oferece uma variedade de programas de educação sobre Bitcoin e inteligência artificial, sinalizando um esforço para integrar essas tecnologias na vida do país.
Infelizmente, nem tudo são flores. Embora El Salvador tenha sido o pioneiro ao adotar o Bitcoin como moeda legal, o governo precisou recuar em algumas políticas ligadas ao Bitcoin. Isso aconteceu para atender a um acordo de empréstimo com o Fundo Monetário Internacional (FMI). O experimento com o Bitcoin na nação, que já dura quatro anos, trouxe resultados mistos e deixou a comunidade dividida sobre essa experiência de adoção em nível estadual.
Experimento com Bitcoin em El Salvador, quatro anos depois, gera resultados mistos
No começo deste ano, a legislatura de El Salvador revogou a lei que tornava o Bitcoin uma moeda legal e decidiu que não compraria mais Bitcoin com fundos públicos. Isso faz parte de um acordo de US$ 1,4 bilhão com o FMI. O governo também sinalizou que vai reduzir o suporte à carteira Chivo, que não teve muita aceitação entre os residentes.
Um relatório recente do FMI, publicado em julho, confirmou que El Salvador não adquiriu novos Bitcoins desde que assinaram o acordo em dezembro de 2024. Essa notícia gerou bastante agitação na comunidade cripto. O documento ainda traz uma carta de intenção, assinada pelo presidente do banco central de El Salvador e o ministro da Fazenda, que confirma que a reserva de BTC do governo permaneceu inalterada.
Essa situação não passou despercebida. Muitas críticas surgiram de defensores do Bitcoin e de ONGs, que afirmam que as políticas atuais favorecem o governo, mas não trazem benefícios reais para a população. Afinal, muitos acreditam que seriam necessárias mais iniciativas educativas para que os cidadãos possam realmente tirar proveito do Bitcoin, em vez de depender apenas de ações do governo e de empresas internacionais.