A blockchain Ethereum acaba de atingir uma marca importante: enviar bilhões de dólares por sua rede agora custa menos de US$ 0,01. Surpreendente, não é mesmo? Dados recentes mostraram que essa mudança se deve a um período de evolução técnica que muitos não acreditavam ser possível há apenas dois anos.
Atualmente, a média das taxas de transação, ou gas fees, está em 0,16 gwei, o que equivale a US$ 0,01 para transações simples. Para operações mais complexas, como a troca de tokens, o custo fica em torno de US$ 0,15, enquanto negociar NFTs sai por cerca de US$ 0,27. Isso é um grande contraste com os altos preços que as taxas atingiram em 2021 e 2022, quando chegavam a ultrapassar os US$ 100 em momentos de pico.
Esse avanço se tornou um dos principais trunfos da Ethereum, que agora combina alta demanda com custos estáveis.
Blockchain Ethereum com custo baixo
Os números falam por si: mesmo com taxas tão acessíveis, o uso da rede está em crescimento. No último dia 28 de outubro, por exemplo, a Ethereum registrou 1,6 milhão de transações diárias. Isso representa o maior volume em um mês. E no dia 25 de outubro, o número de endereços ativos chegou a 695.872. Esses dados demonstram um equilíbrio saudável entre escalabilidade e eficiência, algo bastante raro em blockchains de grande porte.
Esse cenário é resultado direto de várias atualizações técnicas ao longo do último ano, que transformaram a estrutura da rede.
Dencun, Pectra e Fusaka: a jornada da escalabilidade
O primeiro grande avanço foi a atualização Dencun, implementada em março de 2024, que reduziu em 95% o custo médio das transações. Ela também melhorou a performance das Layer 2 (L2), que são as camadas que processam parte das transações fora da blockchain principal.
Em maio, veio a atualização Pectra, que dobrou a capacidade de blobs — pequenos pacotes de dados que armazenam informações da L2. Isso ajudou a diminuir as taxas em cerca de 50%, tornando as transações ainda mais rápidas.
Agora, a comunidade Ethereum está animada para a próxima grande novidade: a atualização Fusaka. Essa fase final de testes foi concluída com sucesso e está prevista para chegar à rede principal em 3 de dezembro. Fusaka traz inovações como o PeerDAS e a execução paralela, permitindo que múltiplos contratos inteligentes sejam processados simultaneamente.
Essas novas mudanças colocam a Ethereum em um patamar elevado de escalabilidade, comparando-se a redes como Solana, mas sempre mantendo a segurança e a descentralização como prioridades.
