Especialistas indicam que altas devem ser mais lentas no futuro
O Bitcoin está em uma fase interessante. Embora a criptomoeda esteja alcançando novas máximas, o crescimento não deve ser tão explosivo como em ciclos passados. Especialistas comentam que a volatilidade do Bitcoin, a maior e mais antiga moeda digital, está diminuindo. Isso acontece porque o ativo está amadurecendo e traders mais experientes estão fazendo apostas mais calculadas.
Para entender isso melhor, pense na jornada de alguém que se exercita. Um pico abrupto de perda de peso, por exemplo, pode ser comparado a dietas radicais que podem não se sustentar. Já uma mudança gradual é mais saudável e sustentável a longo prazo. O mesmo vale para o Bitcoin: um aumento constante é preferível a picos enormes que podem culminar em bolhas.
Em 2017, o Bitcoin teve uma explosão impressionante, passando de US$ 786 no início do ano para US$ 19.345 em dezembro. Isso equivale a quase 2.360% de alta! Agora, neste novo ciclo, a principal criptomoeda alcançou novos patamares, atingindo US$ 118.667 recentemente, uma alta de cerca de 25% desde o começo de 2025.
Mudanças no mercado de derivativos
Uma das razões para essa mudança é o mercado de derivativos. Em 2021, o mercado de opções era bem menor do que agora. O crescimento de contratos de opções em aberto, por exemplo, foi impressionante, saltando de US$ 15 bilhões para mais de US$ 42,5 bilhões na Deribit.
Os ETFs de Bitcoin, que foram aprovados recentemente, também estão entrando em cena e mudando a dinâmica. Agora, investidores que possuem grandes quantidades de BTC podem vender opções de compra, o que adiciona mais liquidez ao mercado. Isso ajuda a suavizar a volatilidade, pois traders mais experientes estão ajustando suas estratégias.
A nova classe de investidores
Hoje, o Bitcoin está atraindo um novo tipo de investidor, mais maduro e com capital institucional. Isso é especialmente visível com os ETFs, que arrecadaram US$ 1,17 bilhão em um único dia, o que demonstra um grande interesse por parte de empresas como BlackRock e Fidelity. Na sequência, o fluxo de entrada permaneceu forte, com cerca de US$ 1,03 bilhão no dia seguinte.
Apesar de todas essas mudanças, os períodos de alta volatilidade não devem ser descartados. Especialistas como David Lawant alertam que os aumentos de preços ainda podem acontecer, mas dentro de um quadro de tempo mais restrito. O Bitcoin está em uma nova fase — e, enquanto os altos e baixos fazem parte da jornada, a promessa de um crescimento mais sustentável pode ser o que o futuro reserva.