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EUA oferecem recompensa milionária pela mulher que arquitetou o maios esquema com criptomoedas da história

Em uma reviravolta dramática, o governo dos Estados Unidos intensificou a busca por Ruja Ignatova, a infame fundadora da OneCoin. Conhecida mundialmente como a “rainha das criptomoedas”, Ignatova é acusada de orquestrar o maior esquema com criptomoedas da história, enganando investidores ao redor do globo e roubando mais de US$ 4 bilhões em Bitcoin. Agora, uma recompensa de US$ 5 milhões está sendo oferecida por informações que levem à sua captura ou reportagem.

O monumental esquema com criptomoedas da OneCoin

O projeto OneCoin, cofundado por Ruja Ignatova em 2014, foi promovido como uma revolução no mercado de criptomoedas, sendo chamado de “matador do Bitcoin”. Festas luxuosas e eventos internacionais em locais como Dubai, Macau, Singapura, Reino Unido e até mesmo no Brasil, ajudaram a criar uma aura de legitimidade e exclusividade. No entanto, a verdade por trás da era sombria da OneCoin.

Investigações e documentos judiciais revelaram que a OneCoin nunca existiu em uma blockchain real e não houve operações de mineração. Em essência, tratava-se de um esquema Ponzi sofisticado, onde os novos investimentos eram usados ​​para pagar os antigos, sem gerar valor real. O golpe começou a desmoronar em 2017, quando Ignatova foi indiciada em Nova York, acusação de conspiração para cometer fraude eletrônica e lavagem de dinheiro.

A Fuga da “Rainha das Criptomoedas”

Em outubro de 2017, Ruja Ignatova embarcou em um voo de Sofia, na Bulgária, para Atenas, na Grécia. Desde então, não foi mais visto de forma indireta, deixando um rastro de especulações sobre seu paradeiro. As autoridades acreditam que ela pode ter alterado sua aparência através de cirurgia plástica e que possivelmente esteja viajando com um passaporte alemão, escondido em países como Emirados Árabes Unidos, Bulgária, Alemanha, Rússia, Grécia ou outras partes da Europa Oriental.

Alguns relatos não confirmados até sugerem que Ignatova pode ter sido assassinada em 2018, embora o FBI continue a operar sob a suposição de que ela está viva. Em 2022, o FBI adicionou Ignatova à lista dos dez fugitivos mais procurados do mundo, destacando a importância de sua captura e a possível recuperação dos bitcoins roubados.

Ruja está entre os 10 fugitivos mais procurados do mundo (Imagem/FBI)

Justiça para os envolvidos no esquema com criptomoedas

Enquanto Ignatova permanece foragida, vários de seus associados já enfrentaram a justiça. Seu irmão, Konstantin Ignatov, foi preso em 2019 no Aeroporto Internacional de Los Angeles. Karl Sebastian Greenwood, cofundador da OneCoin, se declarou culpado em um tribunal federal em Manhattan em 2022 e foi condenado a 20 anos de prisão. Além disso, dois advogados envolvidos no esquema, Irina Dilkinska e Mark Scott, receberam penas de prisão de quatro e dez anos, respectivamente, no início de 2024.

A recompensa de US$ 5 milhões, oferecida pelo Programa de Recompensas por Crimes Transnacionais Organizados do Departamento de Estado dos EUA, é um indicativo claro do comprometimento das autoridades na captura de Ruja Ignatova. Este programa também garante a proteção das identidades dos informantes, caso sua revelação possa colocar indivíduos em risco.

A saga da “rainha das criptomoedas” é um alerta sobre os perigos dos esquemas com criptomoedas e a importância de diligência ao investir. A captura de Ignatova não apenas traria justiça para as inúmeras vítimas do golpe, mas também serviria como um marco na luta global contra fraudes financeiras.

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Gustavo Morais

Jornalista, com pós-graduação em Produção e Crítica Cultural. Cerca de 20 anos de experiência com redação de conteúdos para web.

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