ETFs de bitcoin têm maior entrada diária desde novembro
Os ETFs de Bitcoin estão em alta novamente, com uma entrada significativa de recursos nesta quarta-feira (17). No total, foram mais de US$ 457 milhões, com a BlackRock contribuindo com US$ 111,2 milhões e a Fidelity se destacando ainda mais ao injetar US$ 391,5 milhões. Essa movimentação é a maior registrada nos últimos 36 dias, e pode ser um sinal positivo para o mercado.
Esses fundos têm se mostrado um termômetro do sentimento dos investidores. Se continuarem assim nesse ritmo até o fim do ano, é possível que a gente veja uma reversão nos preços do Bitcoin. Para quem acompanha, o Índice de Medo e Ganância também é uma boa indicação do que pode vir a acontecer.
Atualmente, o Bitcoin está sendo negociado na faixa dos US$ 88.000. Apesar de ter chegado a romper a resistência de US$ 90.000, a criptomoeda ainda enfrenta desafios para se manter nesse patamar.
ETFs de Bitcoin reagem, mas compras precisam continuar
Neste momento, os preços do Bitcoin estão muito mais conectados aos grandes investidores institucionais do que ao público em geral. Os ETFs são uma ferramenta útil para entender a mentalidade desses grandes players.
Um exemplo claro disso é que, em novembro, os ETFs viram saídas de US$ 3,48 bilhões, o que coincidiu com uma queda de 17,7% no preço do Bitcoin, o pior desempenho daquele ano. Situação semelhante se repetiu em fevereiro, quando as saídas chegaram a US$ 3,56 bilhões, acompanhadas por uma queda de 17,4%.
Atualmente, os ETFs estão praticamente neutros em dezembro, com apenas US$ 21 milhões em entradas. Contudo, o grande destaque do dia foi o registro de US$ 457,3 milhões em novas aquisições, principalmente com os ETFs da BlackRock e da Fidelity.
Se essa tendência de alta se mantiver nos próximos dias, pode indicar uma reversão em relação às quedas que começaram em outubro.
Índice de Medo e Ganância sugere que Bitcoin está em seu fundo
Historicamente, o Bitcoin já enfrentou algumas quedas dramáticas nos últimos anos, como, por exemplo, 60,5% em 2014, 72,3% em 2018 e 65% em 2022. Nas poucas vezes em que não sofreu colapsos, a criptomoeda se destacou, superando outras classes de ativos.
Agora, com apenas treze dias para o término de 2025, a queda atual do Bitcoin é de apenas 5,4%, o que foge dessa tendência de grandes desvalorizações.
Com base no Índice de Medo e Ganância, o mercado se encontra em um estado de “medo extremo”, numa situação mais crítica do que após a falência da FTX em 2022, mesmo sem uma grande queda recente.
Esse “medo extremo” pode ser visto como uma oportunidade para quem está pensando em investir, já que indica que os investidores estão bastante cautelosos.
Assim, essa situação de nervosismo e a virada dos ETFs, com as grandes compras, podem sinalizar que o mercado está se aproximando de uma recuperação.





