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EUA financiarão viagem de procurador brasileiro a evento de criptomoedas

A Procuradoria Geral da União, por meio do vice-procurador Hindenburgo Chateaubriand Pereira Diniz Filho, liberou um servidor público brasileiro para participar de um treinamento sobre criptomoedas no Panamá. O mais interessante é que o Departamento de Justiça dos Estados Unidos vai cobrir os custos da viagem.

Esse evento, agendado para setembro de 2025, é importante porque representa o sexto encontro desse tipo, reunindo autoridades capazes de discutir temas relevantes do setor. A publicação oficial traz um trecho que destaca: “Fica autorizada a ausência do país, com ônus, no período de 22 a 27 de setembro de 2025, do Procurador da República Tiago Misael de Jesus Martins, que vai representar o Ministério Público Federal na IV Reunião do Grupo de Trabalho de Criptomoedas do Hemisfério Ocidental, na Cidade do Panamá.”

A responsabilidade pelas despesas de passagens, hospedagem e alimentação é do Departamento de Justiça dos EUA, mas o Ministério Público Federal brasileiro arcará com uma meia-diária internacional para cobrir alguns custos durante a viagem.

Cooperação Internacional no Combate ao Crime Organizado

A participação do agente em um treinamento no exterior não é uma novidade. Já houve outras edições que contaram até com a presença de agentes da Polícia Federal. O que chama atenção agora é o recente acordo entre o Ministério Público Federal do Brasil e as autoridades da Colômbia e do Chile, com o objetivo de intensificar o combate ao crime organizado nessas regiões.

Um dos principais focos desse acordo é justamente as investigações de criptomoedas. Aqui, as etapas de localização, rastreamento, custódia e liquidação dos ativos são fundamentais para o andamento dos trabalhos. O procurador Paulo Gonet, que assina o acordo, visa aprimorar a apuração de crimes financeiros e de tráfico de drogas.

“A colaboração será conduzida pelas equipes de cooperação internacional, que vão elaborar um plano de trabalho e definir pontos de contato. Além disso, o objetivo é criar um órgão misto de investigação, similar ao que prevê a Convenção das Nações Unidas contra o Crime Organizado Transnacional, em Palermo. Isso permitirá identificar casos relevantes e formar equipes conjuntas de investigação, acelerando as apurações de crimes que cruzam fronteiras”, explica a nota do MPF.

Essas iniciativas ajudam não apenas na localização de crimes financeiros, mas também na proteção de recursos e na manutenção da segurança em nível internacional. Isso é especialmente relevante considerando a crescente preocupação com as criptomoedas e seu uso em atividades ilícitas. O avanço na cooperação entre os países é um sinal de que as autoridades estão atentas e dispostas a agir de forma coordenada.

Rafael Cockell

Administrador, com pós-graduação em Marketing Digital. Cerca de 4 anos de experiência com redação de conteúdos para web.

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