Excedente tarifário pode fortalecer reserva do Bitcoin, afirma especialista
O governo dos Estados Unidos está considerando a possibilidade de comprar mais Bitcoin (BTC) para incluir em suas reservas estratégicas. A ideia é usar partes do superávit gerado pela arrecadação de tarifas para financiar essa compra. Essa proposta vem de Adam Livingston, autor de “The Bitcoin Age and The Great Harvest”, que sugeriu que o governo direcionasse esses recursos para BTC em cold wallets seguras, ou seja, sem movimentá-los para negociações ou empréstimos.
Livingston destacou que, somente em julho deste ano, o governo já arrecadou cerca de US$ 135,7 bilhões em tarifas, uma quantia que é o dobro do que foi registrado no ano anterior. Ele mencionou um superávit de US$ 70 bilhões, que ainda está disponível para uso, sem compromisso com programas como o Medicare ou benefícios sociais.
Esse saldo acumulado poderia ser um bom caminho para a compra de mais BTC, conforme estabelecido por uma ordem executiva do ex-presidente Donald Trump, que restringe novas aquisições de criptomoedas a estratégias que não afetem o orçamento.
Sinais Ambíguos do Secretário do Tesouro dos EUA
Na quinta-feira, o secretário do Tesouro, Scott Bessent, deu declarações contraditórias sobre a compra de novos BTC. Inicialmente, ele afirmou que o governo não pretendia comprar mais da criptomoeda, mas sim fortalecer as reservas com ativos confiscados.
Porém, ao longo do mesmo dia, Bessent reviu sua posição, afirmando que a equipe ainda está “explorando caminhos orçamentariamente neutros” para aumentar as reservas de Bitcoin. Isso inclui propostas como reavaliar as reservas de ouro do Tesouro, que atualmente estão avaliadas em apenas US$ 42,22 por onça, enquanto o preço no mercado é de aproximadamente US$ 3.335 por onça.
Outro caminho considerado seria a venda de petróleo da reserva estratégica dos EUA, com o objetivo de usar esses recursos para adquirir mais BTC. Essas discussões refletem não apenas a crescente aceitação do Bitcoin, mas também o desejo de explorar novas formas de gerenciar os ativos do governo.