Executivos da FTX e Alameda impedidos de atuar em Wall Street
A Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC) fez uma proposta de acordo para algumas figuras-chave do mundo da FTX. Essa proposta surgiu após os depoimentos desses membros terem sido fundamentais no julgamento do ex-CEO da FTX, Sam Bankman-Fried.
A SEC apresentou suas propostas de acordos no Distrito Sul de Nova York. Entre os envolvidos estão Caroline Ellison, ex-CEO da Alameda Research, Gary Wang, ex-CTO da FTX, e Nishad Singh, ex-chefe de engenharia da FTX. Eles não contestaram as alegações contra eles e concordaram em várias condições, como a proibição de cometer novas infrações às leis de valores mobiliários. Além disso, aceitam restrições para atuar como diretores e executivos de empresas abertas.
Recentemente, Ellison foi libertada após passar 11 meses na prisão. Ela concordou em não negociar valores mobiliários que não sejam envolventes com contas pessoais e não poderá ocupar cargos de liderança em empresas de capital aberto pelos próximos dez anos. Antes disso, Ellison enfrentava uma pena de até 110 anos, após se declarar culpada de crimes como fraude eletrônica e lavagem de dinheiro.
Gary Wang também aceitou restrições semelhantes e, junto com Singh, ficou proibido de atuar em funções executivas por oito anos. É importante notar que eles conseguiram evitar a prisão ao já terem cumprido pena e recebido liberdade condicional supervisionada.
O CEO atual da FTX, John J. Ray III, destacou a colaboração de Singh durante o processo, afirmando que sua ajuda foi essencial para recuperar valores para os credores. Vale lembrar que esses executivos ajudaram o governo a construir o caso contra Bankman-Fried, já que todos fizeram acordos de cooperação antes do julgamento.
Bankman-Fried, por sua vez, foi condenado a 25 anos de prisão por desviar cerca de US$ 8 bilhões de fundos de clientes e também por enganar credores e investidores. Ele usou esse dinheiro em investimentos arriscados e luxos pessoais, como imóveis. Mesmo envolvido em um apelo contra sua sentença, o ex-CEO insiste em sua inocência, afirmando que a FTX nunca foi insolvente, um argumento que já havia levantado anteriormente durante o julgamento.





