Expectativa de queda do BTC para US$ 93 mil
O Bitcoin (BTC) passou por uma série de oscilações recentemente, e as análises do mercado indicam que ele pode enfrentar mais quedas. A Bitfinex trouxe um diagnóstico que merece atenção, especialmente para quem acompanha o mercado de criptomoedas com atenção.
No início de setembro, o cenário financeiro global está repleto de incertezas. Nos Estados Unidos, dados recentes mostram um quadro misto: o consumo das famílias teve um aumento de 0,5% em julho, o melhor desempenho em quatro meses. No entanto, a inflação continua pressionando, o que é uma preocupação válida para os investidores. O núcleo do PCE, por exemplo, registrou uma alta de 2,9% nos últimos 12 meses, índice acima da meta do Federal Reserve. Com o PIB do segundo trimestre revisado para 3,3%, o panorama se torna mais complicado.
Ainda segundo a Bitfinex, muitos investidores estão aguardando cortes nas taxas de juros já para este mês. Essa medida poderia aliviar um pouco a tensão nos mercados. Contudo, a lentidão na criação de empregos e a baixa confiança empresarial sugerem que a recuperação dos mercados pode não ser tão rápida quanto se esperava. Nesse clima de cautela, ativos voláteis, como o Bitcoin, tendem a sentir ainda mais a pressão.
Bitcoin pode cair para US$ 93 mil?
Atualmente, a cotação do Bitcoin está abaixo de US$ 110 mil e rompeu o pico de janeiro, que era de US$ 109.590. Ao comparar com a máxima histórica de US$ 123.640, a criptomoeda acumula uma queda superior a 13%. A análise da Bitfinex sinaliza que essa movimentação pode não ser apenas uma correção tímida.
O histórico sazonal revela que a faixa entre US$ 93 mil e US$ 95 mil pode ser o ponto mais baixo neste ciclo antes de uma possível recuperação. Esse cenário é ainda mais reforçado pelos dados on-chain, que mostram tendências preocupantes.
O preço realizado pelos investidores de curto prazo atualmente é de US$ 108.900. Esse nível se tornou crucial: se o BTC continuar abaixo disso, é bem possível que assistamos a novas quedas. Além disso, os fluxos de ordens nas exchanges permanecem neutros, o que indica que os compradores estão à espera de sinais mais concretos para entrar novamente no mercado.
Consolidação em vez de queda brusca
Apesar da projeção de risco de queda até US$ 93 mil, a análise de Alex Adler Jr, da CryptoQuant, sugere um cenário um pouco mais otimista. Ele aponta que a tendência atual é de lateralização acima de US$ 100 mil. O momentum de 30 dias caiu para -8%, o que mostra uma pressão vendedora, mas não necessariamente sinaliza um colapso iminente.
Com o Bitcoin sendo negociado ao redor de US$ 109,1 mil, ele se encontra em uma faixa de baixa volatilidade, característica comum antes de movimentos mais significativos. Adler alerta que se o preço fechar diariamente abaixo de US$ 107,3 mil, o caminho estará aberto para uma queda até US$ 105 mil, e depois até o psicológico USD 100 mil.
Enquanto isso, o mercado de futuros mostra dominância dos vendedores, com índices de fluxo integral frequentemente caindo para a faixa de 20 a 40. Isso reforça a ideia de que qualquer recuperação pode perder força rapidamente.
Suportes, resistências e perspectivas
A CryptoQuant identificou uma resistência imediata em US$ 113,7 mil. Se rompermos acima desse ponto, o caminho pode se abrir para alcançar entre US$ 116 mil e US$ 118 mil. Por outro lado, o suporte local gira em torno de US$ 108-109 mil e, se perdido, pode resultar em um novo teste em torno de US$ 107,3 mil.
A Bitfinex também acredita na importância da faixa de US$ 93 mil a US$ 95 mil como o verdadeiro piso deste ciclo. Eles ressaltam que a sazonalidade do mercado pode indicar um ajuste ainda mais profundo antes que a recuperação comece.