Faraó dos bitcoins recebe pena de 19 anos de prisão
Glaidson Acácio dos Santos, mais conhecido como o faraó dos bitcoins, acaba de receber uma condenação de 19 anos de prisão pela justiça do Rio de Janeiro. Essa decisão faz parte da investigação da Operação Novo Egito, realizada pela Polícia Civil.
Com a pena confirmada, Glaidson ainda pode recorrer, já que a sentença não transitou em julgado. É importante notar que a Operação Novo Egito se desdobrou da Operação Kryptos, que foi conduzida pela Polícia Federal. Durante a investigação, Glaidson é apontado como um dos principais suspeitos no assassinato do trader Wesley Pessano, o famoso “Rei do Pulback”. Pessano foi morto em 2021, na Região dos Lagos, e as autoridades acreditam que a ordem partiu de Glaidson.
Na mesma decisão judicial, o faraó dos bitcoins também é mencionado como mandante do assassinato de outras sete pessoas, que não aconteceram devido à sua prisão. Também é citada a tentativa de assassinato contra Nilsinho, um concorrente, que sobreviveu, mas ficou com sequelas. Outro caso é o de João Victor Rocha da Silva Guedes, que escapou de um atentado por estar dentro de um carro blindado.
Prisão e audiências no Rio de Janeiro
Agora, Glaidson terá que voltar ao Rio de Janeiro para se apresentar perante a justiça federal, relacionada à Operação Kryptos. Ele vai passar por audiências que acontecem até o dia 10 e ficará em uma solitária no presídio estadual de Bangu 1 até o final desse período. Após isso, a expectativa é que ele retorne ao presídio federal de Catanduvas, no Paraná.
Luciano Regis, que atua como assistente de acusação no processo que investiga a morte de Wesley Pessano, considera a volta de Glaidson ao sistema penitenciário federal uma decisão necessária. Ele afirma que isso garante mais segurança para a população e preserva a ordem pública.
Vítimas em potencial
Além das tentativas de homicídio que já foram confirmadas, a investigação revelou que Glaidson tinha uma lista de sete pessoas que poderiam ser alvos, se ele não estivesse preso. Essas potenciais vítimas incluíam:
- Fabrício Freitas Valadares
- Roberto Messias Ferreira
- Rafael Diniz Souza
- André Lopes da Silva
- Wellington Ribeiro Câmara
- Patrick Abraão
- Lívia Torres
Fabrício, por exemplo, era dono da pirâmide financeira Black Warrior e um concorrente direto de Glaidson. Roberto era sócio de Nilsinho, que sobreviveu a uma tentativa de homicídio, enquanto Rafael Diniz estava no alvo de um criminoso que já trabalhou para Pablo Escobar.
A lista também mencionava influenciadores digitais e jornalistas conhecidos. A complexidade do caso reflete a gravidade das ações de Glaidson no mundo das criptomoedas e as consequências de sua prisão.