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Fed defende compra de criptomoedas por funcionários do BC americano

Michelle Bowman, vice-presidente do Conselho de Governadores do Fed, trouxe um tema interessante à tona: ela acredita que os funcionários do Banco Central dos Estados Unidos deveriam poder comprar criptomoedas. Essa afirmação aconteceu durante um simpósio de criptomoedas em Wyoming, e a abordagem dela é bem clara: a melhor maneira de entender esses ativos é testando-os na prática.

Bowman argumenta que essa experiência direta ajudaria os reguladores a compreenderem melhor o funcionamento das criptos. “É como aprender a esquiar: você não confiaria em alguém que nunca colocou os esquis. A prática é essencial”, disse ela, enfatizando que a teoria sozinha não é suficiente.

Aprendizado Prático com Criptomoedas

Para Bowman, estamos vivendo um momento de grande transformação em nossas ideias sobre dinheiro e finanças. Por isso, ela defende que os reguladores precisam se familiarizar com as novas tecnologias que estão revolucionando o mercado.

Ela sugere que permitir a posse de pequenas quantidades de criptomoedas pelos funcionários do Fed poderia promover esse entendimento prático. “Embora haja muitos recursos para aprender sobre esses produtos financeiros, nada substitui a experiência direta”, ela afirma. Isso mostra como a vivência é importante para entender o processo de posse e transferência de ativos digitais.

Stablecoins e Tokenização de Ativos

Durante sua fala, Bowman também abordou o tema das stablecoins, que têm se destacado no mercado global, principalmente pela facilidade nas transações. Essas moedas digitais ajudam os EUA a fortalecer o dólar sem necessidade de recursos públicos.

Outro ponto que merece destaque é a tokenização, que vai além do dólar. “Ativos tokenizados permitem uma transferência de título fácil, sem a necessidade de um custodiante ou movimentação física do ativo”, explica Bowman. Essa abordagem pode agilizar as transferências de propriedade, reduzir custos e minimizar riscos.

Ela destacou que a velocidade e o custo das transações, especialmente internacionais, são desafios antigos que a tokenização pode ajudar a resolver. Bowman promete que o Fed trabalhará para criar um “marco confiável e durável” em relação a essas inovações.

A Influência da Inteligência Artificial

Além de criptomoedas e tokenização, Bowman também fez algumas observações sobre Inteligência Artificial. Essa tecnologia pode, por um lado, complicar métodos de verificação pelos bancos e, por outro, auxiliar na detecção de fraudes. Ela entende que, assim como aconteceu com outras inovações, os bancos precisarão se adaptar às mudanças trazidas pela IA e pelo blockchain.

“Não podemos ignorar que o setor bancário evolui constantemente, e a tecnologia mudará o mercado, independente das reações dos bancos e reguladores”, concluiu Bowman. Essa visão aberta às novas possibilidades traz um ar de esperança para quem observa o futuro financeiro, cheio de inovações.

Rafael Cockell

Administrador, com pós-graduação em Marketing Digital. Cerca de 4 anos de experiência com redação de conteúdos para web.

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