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Felca não colabora em investigação sobre venda de íris em SP

O influenciador Felipe Bressanim, conhecido como Felca, não compareceu à reunião da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Íris, que aconteceu em São Paulo. Ele havia sido intimado para discutir a possível compra e venda de dados pessoais de cidadãos paulistanos em troca de criptomoedas.

A intimação para Felca foi feita na terça-feira, 25 de novembro, quando os vereadores aprovaram a solicitação. Na reunião, esperava-se a presença de representantes do Banco Central e da Receita Federal. Eles se fariam presentes para explicar as novas regras em torno do bitcoin e outras criptomoedas que regulamentadores têm estabelecido.

O dia da reunião chegou e, infelizmente, tanto os representantes do Banco Central quanto os da Receita Federal não apareceram. A expectativa era que eles comparecessem na terça, dia 2, mas novamente falharam, o que deixou a presidente da CPI, a vereadora Janaina Paschoal, bastante desapontada.

Janaina expressou sua frustração com a falta de comparecimento, ressaltando a aparente resistência das instituições em colaborar. Ela mencionou que “a Receita Federal e o Banco Central estão se recusando a contribuir com nosso trabalho. Nosso pedido é simples: queremos saber como eles veem a atuação da Tools For Humanity”. A situação chamou a atenção dos vereadores, que planejam fazer um terceiro convite para que esses órgãos compareçam.

Entenda a origem da possível compra e venda de dados em troca de criptomoedas

No Brasil, a empresa Tools For Humanity fez parcerias com diversas empresas, especialmente em São Paulo. Em um projeto controverso, milhares de pessoas foram até lojas para realizar o escaneamento da íris, mesmo sem a devida autorização dos reguladores.

Esse escaneamento prometia acesso ao World ID, um aplicativo desenvolvido pela empresa cofundada por Sam Altman, do ChatGPT. O que chamou a atenção dos vereadores foi a oferta de um pagamento em criptomoedas em troca desse procedimento.

Os vereadores estão investigando a possibilidade de que a Tools For Humanity tenha feito a compra e venda de dados biométricos em troca da criptomoeda Worldcoin, sem que os cidadãos estivessem completamente cientes dos riscos envolvidos.

Atualmente, as atividades da World estão suspensas pela Agência Nacional de Proteção de Dados (ANPD) no Brasil. Mesmo assim, a equipe da relatora da CPI, a vereadora Ely Teruel, esteve no evento Blockchain Conference em 29 de novembro e notou a presença de equipamentos da empresa Orbs, utilizados para escanear a íris dos participantes. Em face dessa descoberta, os vereadores decidiram contatar a organização do evento para esclarecer qual foi o papel da Tools For Humanity ali.

Rafael Cockell

Administrador, com pós-graduação em Marketing Digital. Cerca de 4 anos de experiência com redação de conteúdos para web.

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