A massa falida da FTX anunciou que fará uma nova distribuição de pagamentos aos credores no dia 30 de setembro. Essa distribuição será feita com fundos que não estão mais sob contestação. A informação foi divulgada pelo FTX Recovery Trust e pela devedora FTX Trading.
Essa será a terceira vez que a empresa realiza reembolsos. Em fevereiro, já haviam sido distribuídos US$ 1,2 bilhão, seguidos por US$ 5 bilhões em maio. A próxima rodada de pagamentos surgem após o Tribunal de Falências autorizar a FTX a reduzir sua reserva de reivindicações em disputa de US$ 6,5 bilhões para US$ 4,3 bilhões. Essa mudança liberou US$ 1,9 bilhão, que poderá ser distribuído entre os credores que têm suas reivindicações aprovadas.
Reivindicações e Jurisdições
Com esses US$ 4,3 bilhões ainda em disputa, há incertezas sobre quais reivindicações serão liberadas nessa próxima rodada. O credor Sunil Kavuri destacou que, possivelmente, os credores da China e de outras jurisdições restritas não receberão esse pagamento. Ele informou que as reivindicações deles ainda não foram aprovadas e provavelmente não serão até a data de 15 de agosto, que foi a data de registro.
Vale ressaltar que a nova distribuição pode incluir algumas reivindicações que já receberam pagamentos parciais, principalmente para valores acima de US$ 50.000.
Ainda sem Decisão sobre Jurisdições Restritas
A recente comunicação da FTX segue uma audiência que ocorreu na terça-feira, onde se esperava uma decisão sobre a moção da massa falida para congelar pagamentos a 49 jurisdições. Essa medida foi proposta em razão de possíveis violações legais relacionadas à regulamentação de criptoativos em certos locais.
O tribunal ouviu críticas de credores sobre essa moção, levando a FTX a solicitar mais tempo para debruçar-se sobre cerca de 90 objeções apresentadas. Registros judiciais mostram que o juiz de falências autorizou esse adiamento, permitindo à FTX mais tempo para reorganizar sua proposta.
Embora a moção para o adiamento tenha sido aprovada, a decisão formal sobre o bloqueio de pagamentos para jurisdições restritas ainda não foi tomada. O credor Weiwei Ji, que acompanhou a audiência, comentou que o tribunal solicitou uma revisão detalhada da moção, enfatizando que os fundos dos credores não podem ser apreendidos.
A orientação foi clara: a FTX precisa apresentar um plano mais robusto, mostrando como irá reclassificar as jurisdições de restritas para não restritas. Até o momento, o Cointelegraph não obteve retorno da FTX sobre essas últimas atualizações relacionadas à distribuição.
