O Norges Bank Investment Management, o maior fundo soberano do mundo, está chamando a atenção no mercado de criptomoedas. Com ativos que somam impressionantes US$ 1,7 trilhão, o fundo aumentou sua exposição ao Bitcoin em 83% no segundo trimestre deste ano. Essa informação foi revelada por Geoffrey Kendrick, que é o chefe da pesquisa de ativos digitais do Standard Chartered.
No entanto, essa avaliação não é consensual. Na semana passada, Vetle Lunde, que lidera a pesquisa na K33 Research, apontou que o aumento na exposição do fundo norueguês foi ainda mais significativo: 192% no mesmo período. Esse dado foi extraído dos resultados do fundo divulgados recentemente, o que gera um certo debate sobre as exatas dimensões desse investimento.
Kendrick também investigou informações junto à Comissão de Valores Mobiliários dos EUA, a SEC. Ele prestou atenção em empresas que possuem fundos de investimento em Bitcoin, como a Strategy e a japonesa Metaplanet. Entre abril e junho, ele notou que o Norges Bank aumentou sua participação nessas empresas. Para ele, a exposição do fundo em Bitcoin foi de 6.200 BTC para 11.400 BTC — uma diferença notável em relação aos 7.161 BTC que a K33 sugere que o fundo possui.
O que isso significa na prática? Kendrick menciona que o Norges está utilizando a Strategy como uma maneira de se expor ao Bitcoin. Ele caracteriza esse crescimento de 83% em um trimestre como um movimento proativo do fundo.
Para dar uma ideia da magnitude dessa estratégia, a Strategy é atualmente a maior empresa de capital aberto que detém Bitcoin, controlando cerca de 628.946 BTC, com valor aproximado de US$ 74 bilhões. Já a Metaplanet ocupa a sétima posição nesse ranking, com 18.113 BTC, avaliados em mais de US$ 2 bilhões.
Além disso, Kendrick acredita que essa tendência de governos e entidades elevando suas exposições ao Bitcoin, através de ações da Strategy, deve continuar. Ele se mostra bastante otimista com o futuro das criptomoedas, fazendo previsões ambiciosas. Ele acredita que o Bitcoin pode alcançar US$ 135 mil até o final de setembro e US$ 200 mil até o final de 2025. Para 2028, Kendrick até aponta que a moeda pode atingir US$ 500 mil.
Além do Bitcoin, ele também fala sobre o crescimento de outras criptomoedas. Por exemplo, o Ethereum pode chegar a US$ 7.500, enquanto BNB e XRP devem criar novos patamares de US$ 2.775 e US$ 12,50, respectivamente. Já a AVAX, da Avalanche, pode subir para US$ 250 nos próximos anos. Kendrick também prevê um aumento no uso de stablecoins, com o mercado global se aproximando de US$ 2 trilhões até o final de 2028.
