Fundos de criptomoedas recebem US$ 864 milhões globalmente, Brasil registra saídas de R$ 9 milhões
Os fundos de investimentos em criptomoedas pelo mundo estão numa fase crescente. Na última semana, eles registraram entradas de US$ 864 milhões (cerca de R$ 4,6 bilhões), somando assim três semanas seguidas com números positivos. Esses dados vêm da CoinShares e mostram um movimento de investidores que, embora cautelosos, estão se sentindo cada vez mais otimistas em relação aos criptoativos.
Por outro lado, o Brasil parece estar indo na direção oposta. O país viu saídas de US$ 1,7 milhão (aproximadamente R$ 9,1 milhões) nos fundos de criptomoedas. Em contraste, os Estados Unidos se destacaram com um volume de entradas de US$ 796 milhões na mesma semana, seguidos pela Alemanha, que obteve US$ 68,6 milhões, e Canadá, que trouxe US$ 26,8 milhões. Esses três países são responsáveis por quase 98,6% das entradas em criptomoedas acumuladas até agora neste ano.
Bitcoin ainda não chegou ao pico de 2024
Analisando os dados por tipo de ativo, o Bitcoin se destacou com US$ 522 milhões em novas entradas. Porém, os produtos de investimento que apostam contra o Bitcoin, ou seja, os shorts, apresentaram saídas de US$ 1,8 milhão. Os números ainda mostram que, apesar do crescimento, o Bitcoin ainda está abaixo em comparação ao ano passado, com US$ 27,7 bilhões em entradas até agora, bem distante dos US$ 41 bilhões de 2024.
O Ethereum, por sua vez, teve um bom desempenho, com US$ 338 milhões em entradas na última semana. Com isso, suas entradas acumuladas em 2025 já totalizam US$ 13,3 bilhões, um salto de 148% em relação ao ano passado.
As entradas em Solana são mais modestas, acumulando US$ 3,5 bilhões até agora. Mas isso ainda representa um crescimento dez vezes maior em comparação a 2024. Outras criptomoedas como Aave e Chainlink também mostraram entradas, somando US$ 5,9 milhões e US$ 4,1 milhões, enquanto a Hyperliquid teve um desempenho negativo com saídas de US$ 14,1 milhões.
BlackRock em destaque
Quando olhamos para os produtos específicos, o ETF de Bitcoin da BlackRock, conhecido como iShares, liderou as captações com US$ 352 milhões em novas entradas. O Volatility Shares Trust também se destacou com US$ 162 milhões.
Por outro lado, as saídas mais significativas foram do 21Shares AG, que perdeu US$ 48 milhões. O Grayscale Investments viu saídas de US$ 12,8 milhões, enquanto o ARK 21 Shares/USA perdeu US$ 11,1 milhões.
Esses dados ajudam a entender o panorama atual das criptomoedas não só no Brasil, mas também no cenário internacional, mostrando como o mercado pode ser dinâmico e, ao mesmo tempo, imprevisível.
