O Bitcoin, atualmente, está sendo negociado em torno de US$ 103.190. No fechamento dessa análise, ele apresentou uma leve alta de 1,4%. Esse cenário vem sendo moldado por novas previsões do mercado que estão refletindo uma mudança importante.
De acordo com a análise da empresa Galaxy, estamos vendo uma transição do mercado. Ele vem se tornando mais estável, onde os investidores institucionais estão ganhando destaque e a especulação vai perdendo força. Um episódio que chamou a atenção foi a liquidação de US$ 19 bilhões em 10 de outubro, em meio a tensões comerciais entre os EUA e a China. Isso acabou afetando a confiança dos investidores, fazendo o Bitcoin cair brevemente abaixo de US$ 100.000, algo que não acontecia há seis meses.
Enquanto isso, ativos como ouro e ações ligadas à inteligência artificial estão atraindo capital que antes ia para as criptomoedas. Além disso, o avanço das stablecoins também está mudando a dinâmica do mercado de criptoativos.
Absorção institucional molda o novo ciclo do Bitcoin
Oanalista da Galaxy, Alex Thorn, comenta que o crescimento futuro do Bitcoin dependerá agora mais da atratividade para investidores institucionais do que do entusiasmo do varejo. Ele acredita que novos fluxos de investimentos e produtos estruturados vão trazer novos desafios e oportunidades para o Bitcoin.
O interesse geral no ativo, que ficou em alta durante a corrida de 2021, ainda está um pouco morno. Mesmo com algumas movimentações impulsionadas por memecoins, a procura ainda não é como antes. A análise também mostra que muitas empresas que antes incluíam Bitcoin em seus balanços estão desacelerando nesse sentido. Com isso, a foco delas agora deve ser o crescimento operacional, em vez de ganhos especulativos.
Análise técnica: Bitcoin mantém suporte em US$ 103 mil
Analisando o gráfico do Bitcoin, o preço se estabiliza em US$ 103.300, após uma correção de 8% desde as máximas de outubro, que chegaram a US$ 115.900. Os gráficos mostram um canal descendente com resistência nivelada em US$ 104.400 e suporte na casa dos US$ 100.400.
Se o Bitcoin conseguir passar dos US$ 106.000, ele pode chegar a níveis entre US$ 110.000 e US$ 112.000. Por outro lado, se cair abaixo de US$ 102.000, o risco é de testes entre US$ 97.600 e US$ 95.000, níveis que são psicológico para os traders.
Apesar das oscilações, as tendências de longo prazo mostram a formação de fundos ascendentes, indicando que podemos ter um potencial de alta, assim que o clima do mercado melhorar. A Galaxy mantém uma expectativa otimista e acredita que o ativo pode gradualmente se recuperar e chegar a US$ 120.000 até o fim do ano, trazido de volta a confiança dos investidores.
Ponto de vista do CryptoNews BR
Analisando essas variáveis, a revisão feita pela Galaxy não deve ser vista como pessimismo, mas sim como uma maturidade do mercado. A meta reduzida reflete um cenário mais realista, onde o Bitcoin se estabelece como um ativo mais institucional e menos especulativo.
Embora o ritmo de crescimento esteja mais lento, isso pode ser um bom sinal de força contínua e suporte a longo prazo. Ver o BTC subir de forma estável, baseado em fundamentos sólidos, pode ser mais benéfico do que passar por ciclos de euforia e quedas drásticas. Se conseguir manter o suporte na marca de US$ 100 mil, poderemos terminar o ano com otimismo renovado e bases firmes para o próximo ciclo.
