Golpista é expulso ao tentar vender cédula de Bitcoin
Um golpista teve uma recepção nada amigável em uma loja de compra e venda de produtos usados. Ele tentou passar sete notas de “100 bitcoins” como se fossem verdadeiras. Essa história curiosa foi compartilhada no canal Craigslist Hunter, da própria loja.
Ao ser perguntado sobre o que tinha para negociar, o golpista exibiu as cédulas brilhantes. Ele se arriscou ao dizer que aquelas notas representavam bitcoins em formato físico. “Não sei… são Bitcoins de ouro na forma física”, afirmou com uma certeza duvidosa.
Pete, o proprietário da loja, rapidamente começou a desconfiar. Ele já estava acostumado com essa história e demonstrou que entendia bem do assunto. “Em forma física? Nunca vi uma na vida. Você sabe que é uma moeda digital, certo?”, questionou, deixando claro que não caía na conversa.
Outro funcionário também fez uma observação interessante. Ele já viu moedas físicas, como as que um investidor resgatou recentemente no valor de R$ 975 milhões, mas nunca uma nota. “Então isso representa 100 bitcoins? Você tem milhões de dólares na minha mesa”, brincou Pete, enquanto provocava o golpe. “Você aceita 20 dólares?”, finalizou com humor.
Se as notas fossem realmente verdadeiras, significariam cerca de R$ 63 milhões, já que o valor atual de 1 bitcoin é alto. Porém, as cédulas eram apenas artísticas, sem valor além da criatividade.
A negociação inusitada
Pete continuou a conversa, questionando por que havia a inscrição “ouro 9999999” na nota. Isso puxou um papo sobre as diferenças entre ouro e bitcoin. O golpista, na tentativa de impressionar, disse: “Bitcoin foi modelado baseado no ouro, pela escassez”.
Pete aproveitou para explicar que a escassez do bitcoin é definida. “Há um número máximo de bitcoins disponíveis”, disse. “Está estabelecido em 21 milhões, e quando todos forem minerados, é quando o preço realmente vai subir.”
Depois de discutir sobre Satoshi Nakamoto, o criador do bitcoin, Pete fez uma pesquisa rápida e descobriu que um pacote com dez notas semelhantes às que o golpista estava tentando vender custava apenas US$ 8,99 na Amazon.
“Quanto você quer por elas?”, ele perguntou.
“200 dólares, por uma”, respondeu o golpista, sem perceber a própria inconsistência.
Quando desafiado sobre o valor, o golpista tentou justificar o preço. “Estou pensando em algo justo, algo que represente liberdade, como a Estátua da Liberdade.” Ele dizia estar tentado a estimar o valor do que considerava o futuro do bitcoin.
O golpe continuou. Quando perguntado sobre como converter as notas decorativas em bitcoins válidos, o golpista afirmou que poderia fazer isso através do próprio negócio de Pete, usando uma linguagem cheia de floreios, como “soberania de definir valor”.
Cansado da conversa estranha, Pete fez uma proposta generosa: 1 dólar por cada cédula. O golpista não só recusou como ainda lançou ofensas. “Não vou te vender por um dólar, mas você pode ficar com uma de graça. Vai se ferrar”, ele respondeu, claramente frustrado.
“Fui gentil com você, e você me chama de nomes? Tem crianças aqui”, deu a resposta firme Pete. “Agora, saia da minha loja.”
O caso nos lembra que, embora existam versões físicas de bitcoin com chaves privadas de acesso aos fundos, sempre é bom estar alerta aos golpes. Além das cédulas decorativas, existem diversas táticas que golpistas usam para enganar quem não está atento.





