Google esclarece rumores sobre banimento de carteiras de criptomoedas
Recentemente, começou a circular a informação de que o Google estaria banindo carteiras de Bitcoin e outras criptomoedas da Google Play, sua loja de aplicativos. Essa conversa teve início depois que a jornalista L0la L33tz publicou um artigo sobre o tema nesta quarta-feira (13).
O foco da matéria estava na política do Google a respeito de corretoras e carteiras de criptomoedas, que passou por uma atualização em julho deste ano. No site da empresa, é possível ler que “os câmbios de criptomoedas e os softwares de carteira só podem ser publicados nos seguintes países/regiões se o aplicativo estiver em conformidade com as leis locais e as normas da indústria.”
Para dar um exemplo, a jornalista remeteu à necessidade de que os desenvolvedores de carteiras e corretoras mantenham registros no FINTRAC no Canadá, no FinCEN nos Estados Unidos, ou possuam autorização do CASP na Europa, sempre em acordo com o MiCA (Regulamentação de Ativos Cripto).
A verdade, no entanto, é que essa questão foi mal interpretada por muitos na comunidade cripto. O próprio Google percebeu que seu comunicado estava gerando confusão.
Perfis mencionam o possível banimento de carteiras de Bitcoin
A confusão começou quando L0la L33tz, conhecida por seu trabalho em defesa da privacidade, revelou que a Google Play estaria banindo carteiras não custódias de sua loja. Ela escreve: “A Google Play Store está banindo todas as carteiras não custodiais cujos desenvolvedores não tenham registro no FinCEN, licença bancária estadual ou licença MiCA.” Isso significa que, nos EUA, todas as carteiras não custodiais na Play Store teriam que seguir as diretrizes de lavagem de dinheiro e de verificação de identidade.
Essas informações se espalharam rapidamente por perfis influentes do setor, criando um verdadeiro burburinho. Não demorou muito para que o Google se manifestasse sobre o assunto, respondendo à comunidade cripto de uma forma que gerou surpresa.
A empresa esclareceu que sua nova política afeta apenas as carteiras custodiais — ou seja, aquelas nas quais o usuário não tem total controle dos fundos, pois um terceiro administra suas moedas. Em uma reposta a BlueWallet, o Google destacou: “Obrigado por sinalizar isso. Carteiras não custodiais não estão no escopo da Política de Corretoras de Criptomoedas e Carteiras de Software do Google Play. Estamos atualizando a Central de Ajuda para deixar isso claro.”
Como podemos ver na imagem compartilhada, o Brasil ainda não tem uma legislação específica que regule esse tema. Por enquanto, isso significa que as carteiras não seriam afetadas. Porém, a expectativa é de que mudanças ocorram assim que o Banco Central implementar uma nova regulamentação para o setor.