Google firma acordo de US$ 3 bilhões para mineração de Bitcoin
O Bitcoin está passando por um momento de alta volatilidade. Atualmente, a moeda virtual é negociada na faixa de US$ 109.373, apresentando uma queda de 1,78% nas últimas 24 horas, com um valor de mercado que já chega a impressionantes US$ 2,17 trilhões. Embora o cenário a curto prazo pareça desafiador, o que realmente chama atenção são os crescentes investimentos de grandes corporações no setor de mineração de criptomoedas.
Recentemente, o Google fez um movimento significativo ao confirmar um investimento de US$ 1,4 bilhão em obrigações da Fluidstack. Em troca, a gigante da tecnologia garantiu 5,4% da Cipher Mining, uma mineradora de Bitcoin que é listada na Nasdaq. Este acordo faz parte de um contrato maior de US$ 3 bilhões que se estende por dez anos. Nesse tempo, a Cipher deverá fornecer 168 megawatts de poder de computação de alta performance em sua instalação localizada em Barber Lake, no Texas. Há também planos para expandir essa capacidade para até 500 megawatts, o que posiciona a Cipher como uma peça fundamental na conexão entre a mineração de Bitcoin e a inteligência artificial.
Essa não é a primeira vez que o Google investe em projetos de mineração. Em um passado recente, a empresa já havia adquirido uma participação de 14% na TeraWulf. Esse tipo de movimentação demonstra um apetite crescente por parte de investidores de Wall Street, que estão cada vez mais interessados em empresas que combinam mineração de criptomoedas com infraestrutura de IA.
Mineradoras de criptomoedas avançam para infraestrutura de IA
O CEO da Cipher, Tyler Page, descreveu o acordo como “transformador” e ressaltou a crescente demanda das empresas de IA por capacidade computacional. Já o presidente da Fluidstack, César Maklary, destacou que essa parceria é vital para garantir a infraestrutura necessária para líderes em inteligência artificial.
Essa transição no setor é notável. Por exemplo, a CleanSpark acabou de levantar US$ 100 milhões para expandir sua infraestrutura de IA. Da mesma forma, a Hive Digital anunciou uma expansão de US$ 100 milhões em capacidade de computação de alta performance após registrar um resultado trimestral recorde. Analisando o mercado, é possível observar que as ações dessas mineradoras estão se saindo melhor que o próprio Bitcoin, impulsionadas por um otimismo em relação à transição para IA.
Especialistas acreditam que as mineradoras que diversificam suas operações para incluir HPC (High-Performance Computing) e IA atraem uma valorização mais robusta. Isso acontece porque essa diversificação pode gerar receitas mais estáveis, ao contrário de depender apenas da mineração de Bitcoin.
Perspectiva técnica do Bitcoin
Enquanto as grandes empresas estão reformulando o setor, a cotação do Bitcoin continua a enfrentar pressões no curto prazo. Observando o gráfico de 4 horas, nota-se que o ativo está abaixo das médias móveis de 50 e 100 períodos, em torno de US$ 113.700, mostrando que os vendedores ainda têm ausiência no mercado.
Um triângulo descendente se formou, com topos mais baixos pressionando o suporte em US$ 107.300. O cenário não é favorável, uma vez que um padrão gráfico conhecido como “shooting star” em US$ 116.000 foi seguido por um padrão de “três corvos negros”.
Ponto de vista do CryptoNews
Essa estratégia do Google parece abrir novas portas para o Bitcoin, e para muitos, é um sinal de que Wall Street está se preparando para aumentar sua exposição a essa área. Apesar da pressão no curto prazo, a estrutura do mercado parece estar mais forte do que nunca, criando uma base sólida para o futuro.