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Hack na conta da PancakeSwap no X promove golpe com memecoin

Um golpe recente abalou a comunidade de criptomoedas. Na terça-feira (7), a conta oficial da exchange descentralizada PancakeSwap no X foi hackeada e usada para divulgar uma memecoin fraudulenta chamada “Mr. Pancake”.

Apesar disso, o token nativo da PancakeSwap, o CAKE, continua a atrair investidores, apresentando uma alta de 6,4% nas últimas 24 horas. O preço do token chegou a alcançar US$ 4,50, mas atualmente está em torno de US$ 4,30, segundo dados do CoinGecko.

A equipe da PancakeSwap se manifestou e afirmou que está trabalhando junto ao suporte do X para corrigir a situação. Em um tuíte, alertaram os usuários a não clicarem em nenhum link da conta comprometida até que tudo esteja resolvido.

Esse incidente mostra uma vulnerabilidade que vem sendo recorrente em grandes projetos de criptomoedas. Nos últimos dias, a conta do BNB Chain no X também foi hackeada, levando um dos cofundadores da Binance, CZ, a emitir um alerta para o público.

Ecossistema BNB vira alvo de hackers

“O mercado de memecoins BNB está em alta agora”, comentou Shān Zhang, diretor de segurança da informação da Slowmist. Ele destacou que essa situação torna o ecossistema um alvo atraente para golpistas que buscam explorar a base de usuários.

Uma das razões pelas quais esses ataques acontecem com frequência é a falta de conhecimento sobre segurança. Muitas contas de redes sociais são fáceis de hackear porque seus donatários têm pouca consciência dos riscos, ficando suscetíveis a ataques de phishing.

Zhang explica que essa vulnerabilidade humana é a principal fraqueza. Alex Katz, CEO da Kerberus, complementa a análise dizendo que as pessoas são simples alvos. “[…] desde um funcionário que gerencia redes sociais de uma empresa, até um desenvolvedor SAFE”, observa.

Além disso, as técnicas usadas pelos invasores estão se sofisticando. Slava Demchuk, especialista em segurança cibernética, contou que houve um aumento de 60% em incidentes de phishing que usam inteligência artificial ou golpes com deepfake.

Ele alertou sobre a facilidade de acesso a essas tecnologias. “Fraudadores estão vendendo deepfakes em tempo real em plataformas como Telegram, e essa tecnologia já está disponível até para golpistas iniciantes”.

Como prevenir ataques?

Para evitar problemas no futuro, especialistas recomendam uma abordagem com várias camadas de proteção. Zhang sugere que as empresas implementem protocolos de segurança, como autenticação de dois fatores e uso de senhas fortes e exclusivas. Também é importante educar os usuários sobre a importância de não compartilhar credenciais ou reutilizar senhas em diferentes plataformas.

Katz ressalta que a responsabilidade de aplicar essas medidas recai sobre as empresas. “As organizações precisam ter segurança básica como norma”, frisa. Ele ainda recomenda a autenticação de dois fatores sem um número de telefone vinculado, para evitar ataques de troca de SIM.

Rafael Cockell

Administrador, com pós-graduação em Marketing Digital. Cerca de 4 anos de experiência com redação de conteúdos para web.

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