Harvard investe US$ 116 milhões em ETF de bitcoin da BlackRock
A Harvard Management Company, que cuida do fundo de US$ 53 bilhões da Universidade de Harvard, acaba de dar um passo interessante no mundo das criptomoedas. O fundo investiu uma quantia significativa no ETF de Bitcoin gerido pela BlackRock.
Recentemente, Harvard divulgou que possui cerca de 1,9 milhão de ações do ETF iShares Bitcoin (BTC), com um valor total que ultrapassa os US$ 116 milhões. Isso faz do Bitcoin o quinto maior investimento do fundo, atrás de gigantes como Microsoft, Amazon, Booking Holdings e Meta. É um sinal de que até instituições renomadas estão se aventurando nesse mercado inovador.
O fundo de Harvard também se destacou no contexto geral das universidades. Com um volume de US$ 53,2 bilhões em 30 de junho de 2024, ele é o maior patrimônio entre instituições de ensino superior nos Estados Unidos, liderando frente a Yale, Stanford e Princeton. Robert Kaplan, professor de gestão em Harvard, já comentava a importância de estar preparado para a volatilidade do mercado em 2017, o que parece ser uma diretriz clara para as decisões de investimento da universidade.
Curiosamente, mesmo com um foco maior em tecnologia, Harvard já estava considerando investimentos em criptoativos desde 2018. E não é só ela: a Universidade de Emory também entrou nesse jogo de forma antecipada, adquirindo 2,7 milhões de ações do Grayscale Bitcoin Mini Trust em 2024.
Caminho da aprovação da SEC até a adoção universitária
A Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC) aprovou, em janeiro de 2024, a listagem e negociação do ETF de Bitcoin da BlackRock, além de outros 10 fundos. Desde então, o fundo da BlackRock experimentou um crescimento notável, atingindo mais de US$ 86 bilhões em ativos líquidos no começo de agosto.
Além disso, a SEC anunciou recentemente que aumentará o limite de contratos de opções permitidos de 25 mil para 250 mil para todos os ETFs que oferecem essa possibilidade, incluindo o iShares Bitcoin ETF. Essa mudança pode estimular ainda mais o interesse e a demanda por esses veículos de investimento em criptomoedas.