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Hive Digital registra lucro recorde no primeiro trimestre com Bitcoin e IA

A Hive Digital, uma mineradora de Bitcoin que agora também se destaca como fornecedora de infraestrutura de data centers, teve um início de ano surpreendente. No seu primeiro trimestre fiscal, a empresa alcançou resultados recordes em receita e lucro, impulsionada pelo crescimento robusto na área de hospedagem de computação de alto desempenho (HPC), além do seu núcleo de mineração.

Neste primeiro trimestre de 2026, a Hive anunciou uma receita total de US$ 45,6 milhões. Desse total, a mineração de moedas digitais foi responsável por US$ 40,8 milhões, o que representa um aumento de quase 45% em relação ao trimestre anterior. Eles conseguiram minerar 406 Bitcoins (BTC), o que é uma alta de 34% comparado ao período anterior. Essa valorização do Bitcoin contribuiu bastante para o bom resultado da empresa.

A divisão de HPC da Hive, que opera como Buzz HPC, também teve um desempenho incrível. As receitas dessa área cresceram 59,8% em comparação ao trimestre anterior, atingindo um marco de US$ 4,8 milhões. Quando ajustamos os números, o lucro total foi de US$ 44,6 milhões.

Apesar da mineração continuar sendo a principal fonte de renda, a Hive está explorando a utilização de chips avançados de IA para expandir seu setor de HPC. Os executivos Frank Holmes e Aydin Kilic mencionaram que buscam que essa área atinja uma receita anual recorrente de US$ 100 milhões até o próximo ano. E vale destacar que, mesmo com os números positivos, as ações da Hive tiveram uma leve queda após o anúncio dos resultados, sendo cotadas a cerca de US$ 2,20.

As dificuldades não são exclusivas da Hive; outras mineradoras, como a CleanSpark, também se beneficiaram com o aumento dos preços das criptomoedas. Recentemente, a empresa viu seus lucros e receitas dispararem, sinalizando um bom momento para o setor. A MARA Holdings também informou um crescimento significativo, novamente impulsionado pela valorização do Bitcoin e pela expansão de suas operações mineradoras.

A mudança para IA na indústria de mineração de Bitcoin continua

A Hive tem se destacado como uma das pioneiras na adaptação de sua infraestrutura para atender à demanda por HPC e IA, o que tem se mostrado uma tendência crescente no setor.

Recentemente, a TeraWulf anunciou um acordo de US$ 3,7 bilhões com a Fluidstack, uma fornecedora focada em infraestrutura de IA, com o Google garantindo as obrigações de aluguel. Em contrapartida, o Google recebeu 41 milhões de ações da TeraWulf como parte desse negócio.

Um bom exemplo de como essa transição para IA pode revitalizar os negócios é a Core Scientific, que passou por dificuldades financeiras e entrou com pedido de recuperação judicial. A empresa acabou sendo adquirida pela CoreWeave em um acordo de US$ 9 bilhões.

A Hut 8 também está se adaptando. Eles implementaram mais de 1.000 GPUs Nvidia H100 na sua transição para a computação em nuvem voltada para IA. Em seu relatório trimestral mais recente, a empresa destacou que está se empenhando em “comercializar oportunidades de data center focadas em IA”.

Esses movimentos mostram como a indústria de mineração de Bitcoin não só está se adaptando, mas também se reinventando, aproveitando as novas tecnologias para continuar crescendo em um mercado em constante mudança.

Rafael Cockell

Administrador, com pós-graduação em Marketing Digital. Cerca de 4 anos de experiência com redação de conteúdos para web.

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