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IA impulsiona receita em 95% das empresas brasileiras, diz pesquisa

A Amazon Web Services (AWS) trouxe um tema muito interessante à tona durante o AWS Summit em São Paulo. No evento, que aconteceu nesta quarta-feira (13), a vice-presidente da empresa, Francessca Vasquez, apresentou um estudo sobre o crescimento da inteligência artificial (IA) no Brasil. Além disso, ela compartilhou algumas tendências importantes no setor.

O relatório, intitulado “Desbloqueando o potencial da IA no Brasil”, foi elaborado pela consultoria Strand Partners e revelou dados animadores. Segundo o levantamento, 95% das empresas brasileiras que adotaram IA viram suas receitas aumentarem em uma média de 31%. É um sinal claro de que essa tecnologia tem feito a diferença para o mercado.

Ainda no contexto da adoção, o estudo mostrou que 40% das empresas nacionais já utilizam IA em suas operações. Esse percentual está bem próximo do encontrado na Europa (42%) e é ligeiramente maior do que em outros países da América Latina, como México (38%) e Chile (35%).

Quando perguntados sobre os benefícios da tecnologia, 96% dos entrevistados acreditam que a IA é um sinônimo de aumento de produtividade. Isso se traduz em um melhor foco no atendimento ao cliente (66%), treinamentos mais efetivos para os funcionários (59%) e ainda no desenvolvimento de novos produtos e serviços (56%).

Cleber Morais, diretor-geral da AWS no Brasil, afirmou que a IA possui potencial transformador até mais robusto que a computação em nuvem e comparou sua adoção ao que aconteceu com celulares lá nos anos 2000. Ele se mostrou bastante otimista em relação às possibilidades que a tecnologia traz.

Francessca também destacou durante sua palestra que a era dos agentes de IA já começou. Ela comentou que a tecnologia não apenas consegue realizar raciocínios, mas também planejar e adaptar-se a metas. Casos de sucesso no Brasil, como o do iFood e do PicPay, foram citados como exemplos inspiradores, com tendências que têm sido adotadas por empresas em todo o mundo.

Sobre a regulação do armazenamento de dados no Brasil, um assunto muito debatido atualmente, Francessca afirmou que a AWS já tem experiência com esse tema na Europa, onde anunciou uma nuvem soberana de dados. A ideia é garantir a proteção de informações sensíveis, como dados fiscais e comerciais.

A vice-presidente revelou que a IA já consegue otimizar tarefas que, em sua área, levariam até 12 horas. E, segundo ela, a meta para 2026 é expandir essa capacidade para tarefas ainda mais complexas que costumam demandar até 24 horas. Contudo, ela também abordou um estudo da Gartner que aponta que até 40% dos projetos de IA poderão falhar até 2027. Para contornar isso, ela ressaltou a importância de um planejamento estratégico bem estruturado.

Ela também deixou claro que, mesmo com os avanços da IA, a intervenção humana continuará a ser essencial nos próximos anos. Essa tecnologia pode facilitar muitas coisas, mas o toque humano ainda é indispensável.

Por fim, na onda dos novos desafios, a Liquid anunciou um investimento de R$ 12 milhões para melhorar seus serviços de análise de crédito imobiliário com IA. A inovação está a todo vapor, e o Brasil se destaca nesse cenário promissor.

Rafael Cockell

Administrador, com pós-graduação em Marketing Digital. Cerca de 4 anos de experiência com redação de conteúdos para web.

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