Impactos esperados no mercado cripto em 2025
Um novo relatório da Zodia Custody, empresa apoiada pelo Standard Chartered, traz previsões empolgantes para o futuro dos ativos digitais. De acordo com o estudo, 2026 será um ano crucial, quando esses ativos devem “amadurecer” e se consolidar no mercado. O documento aponta cinco pilares centrais que moldarão esse caminho: custódia, stablecoins, colateral, staking e tokenização. Esses elementos estão se firmando como a base de uma nova arquitetura para o mercado digital.
Anoosh Arevshatian, que é a diretora de produto da companhia, destaca que estamos saindo de uma fase experimental e entrando em um período mais produtivo. Ela comenta que as conversas agora são sobre criação de infraestrutura, interoperabilidade e confiança.
Uma das previsões mais interessantes é que a custódia digital deixará de ser vista apenas como um serviço e se tornará uma parte essencial das operações. Isso significa que grandes bancos irão tratar a infraestrutura cripto com a mesma importância que dão à computação em nuvem. O relatório também antecipa a criação de padrões globais para custodiante digital, além da expansão dos modelos de múltiplas custódias.
Jay Tan, especialista da Zodia, ressalta que custódia não é só sobre guardar ativos, mas envolve toda a infraestrutura de mercado. Até 2026, a conformidade regulatória deverá ser integrada ao design, permitindo que segurança e transparência sejam padrões básicos.
Stablecoins como motores de liquidez do mercado cripto
Um dos pontos destacados no relatório é que as stablecoins deixarão de ser apenas moedas de liquidação e se transformarão em ferramentas de tesouraria programáveis. Com uma infraestrutura segura e regulamentação clara, stablecoins emitidas por bancos e instituições devem garantir uma liquidez contínua e um rendimento automatizado. Para a Zodia, elas atuarão como um elo vital nas finanças institucionais em tempo real.
Outro aspecto importante é a ascensão do colateral digital, que pode liberar trilhões em capital que hoje está parado. A tokenização de ativos viabilizará margens e liquidações quase instantâneas, otimizando a eficiência e reduzindo riscos. Espera-se que os reguladores reconheçam os ativos tokenizados como garantias válidas, o que pode revolucionar o sistema de crédito.
O relatório também sugere que o staking institucional deixará de ser uma opção e se tornará parte integrante da custódia. Com isso, as instituições buscarão rendimentos ajustados ao risco, enquanto protocolos DeFi permissionados oferecerão acesso seguro a retornos claros e programáveis. A expectativa é que 2026 traga uma fusão entre a liquidez institucional e o DeFi, criando novos modelos de empréstimos de forma inovadora.
Por fim, a Zodia Custody prevê que os ativos tokenizados se tornem eventuais protagonistas do mercado. Títulos públicos, commodities e fundos monetários já estão começando a ser emitidos e negociados usando blockchain. Com isso, a infraestrutura de custódia e colateral garantirá que esses ativos sejam tão seguros quanto o dinheiro tradicional, mas com a agilidade da digitalização.





