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Irmãos buscam bloquear histórico de buscas após roubo de US$ 25 milhões

Dois irmãos, formados no MIT, estão enfrentando sérios problemas após serem acusados de roubar US$ 25 milhões em criptomoedas. Eles teriam realizado isso através de uma exploração na blockchain. Agora, estão tentando excluir do processo judicial o histórico de buscas no Google, que pode incriminá-los. A defesa afirma que os promotores pretendem usar essas buscas por termos como “melhores advogados de criptomoedas” e “prescrição de fraude eletrônica” para provar uma suposta intenção criminosa.

Anton e James Peraire-Bueno moveram uma ação no tribunal federal de Manhattan, alegando que essas pesquisas foram feitas durante momentos de consulta com seus advogados e que, portanto, deveriam ser consideradas privilegiadas e injustamente prejudiciais. A juíza, Jessica G.L. Clarke, vai decidir se esses registros podem realmente indicar consciência de culpa ou se são apenas reflexos de uma tentativa de cuidar de sua defesa legal.

Os irmãos foram presos em maio de 2024, enfrentando acusações como conspiração, fraude eletrônica e lavagem de dinheiro. Os promotores chamam a situação de “uma manipulação pioneira da blockchain Ethereum”. Segundo as autoridades, eles usaram suas habilidades para explorar um sistema da Ethereum, conhecido como MEV-boost, modificando transações privadas de maneira fraudulenta e desviando uma quantia impressionante em poucos segundos.

A documentação do tribunal mostra que os irmãos procuraram um advogado logo após serem ameaçados por hackers anônimos, que exigiram a devolução dos valores supostamente roubados. A defesa apresentou registros que indicam que as buscas no Google ocorreram exatamente na mesma data das consultas com os advogados.

A defesa argumenta que, para que a acusação funcione, é essencial provar que as buscas estão diretamente ligadas ao caso. Eles afirmam que, na verdade, as buscas realizadas não evidenciam nada de ilegal. Um advogado especializado comentou que o histórico de buscas pode ser uma pista, mas depende muito do contexto em que essas pesquisas foram feitas. Ele ressalta que, na maioria dos casos, essas buscas feitas depois de um crime são menos relevantes do que aquelas realizadas antes.

Além disso, os irmãos estão se movimentando para barrar notícias que consideram falsas e que usam descrições inflamatórias sobre eles. Eles também tentaram bloquear uma captura de tela no Twitter que mostraria uma alegada assinatura falsa, afirmando que os promotores não conseguiram autenticar essa imagem.

Se condenados, cada um deles pode enfrentar penas de até 20 anos de prisão.

Rafael Cockell

Administrador, com pós-graduação em Marketing Digital. Cerca de 4 anos de experiência com redação de conteúdos para web.

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