Jogo sobre uso de bitcoin ganha Prêmio Nacional de Educação Fiscal
O Instituto Federal de Mato Grosso do Sul (IFMS) está em festa, pois conquistou as duas principais colocações na categoria Tecnologia do Prêmio Nacional de Educação Fiscal 2025. O projeto que levou o primeiro lugar se destaca por utilizar a linguagem dos jogos eletrônicos para falar sobre questões importantes, como a sonegação e o uso inadequado de bitcoin e criptomoedas.
A premiação aconteceu em Brasília, organizada pela Federação Brasileira de Associações de Fiscais de Tributos Estaduais, a Febrafite.
O grande vencedor foi o “Jogo Digital Fiscalização Animal com Jack Arex e Karol Karol”, desenvolvido no Campus de Campo Grande. Criado pelo professor Alexandre Soares da Silva, ele é voltado para o público jovem e tem como objetivo educar sobre fiscalidade de maneira divertida.
As dinâmicas do jogo misturam ação e investigação, tudo para promover a consciência cívica em relação a operações financeiras e criptoativos. Os jogadores enfrentam dilemas fiscais reais, tomando decisões que impactam a sociedade, como no caso de transações envolvendo criptomoedas.
Além disso, o jogo traz cenários que refletem a cultura e as paisagens do Mato Grosso do Sul, ajudando os jogadores a se identificarem mais com a narrativa. E a boa notícia é que o jogo é gratuito e pode ser jogado diretamente no navegador, além de ter versões para download nos sistemas operacionais Windows e Linux.
Narrativa investigativa e criptoativos
O jogo se baseia em temas relevantes dentro da educação tributária e apresenta uma narrativa que mescla realidade e ficção. O designer Alexandre da Silva criou personagens e situações que ajudam a ilustrar o impacto da sonegação na vida diária dos cidadãos. Em um episódio do jogo, o personagem principal investiga uma loja que está sonegando impostos e acaba recuperando um tributo que contribui para o conserto de uma rodovia.
Essa abordagem visa desenvolver um senso crítico em relação ao uso de recursos financeiros, evitando representações rígidas. A metodologia utilizada foi inspirada em projetos educacionais anteriores, buscando esclarecer como o uso impróprio de criptomoedas pode afetar a comunidade.
O segundo lugar foi para o projeto “Uma Nova História para a Educação Fiscal do MS”, representado pela professora Celeny Fernandes Alves. Essa iniciativa faz parte do Programa Estadual de Educação Fiscal.

Jogos lúdicos e cidadania fiscal
O IFMS não parou por aí e também desenvolveu outros jogos digitais focados na cidadania fiscal, como os jogos “Desafios da Educação Fiscal” e “Tributo do Milhão”, que foram bem recebidos na mesma premiação.
Esses jogos utilizam métodos interativos, como cruzadinhas, jogos de memória e perguntas de múltipla escolha, para ensinar sobre a utilização de recursos públicos de forma lúdica. O foco é transformar temas complexos em experiências acessíveis para fomentar a responsabilidade fiscal nas novas gerações.
Os alunos dos cursos de Informática e Sistemas para Internet participaram ativamente do desenvolvimento técnico desses jogos, e o projeto também planeja realizar oficinas e visitas técnicas em diversos municípios do estado até agosto de 2026.
Este ano, a edição do prêmio contou com 485 inscrições, onde 145 projetos foram analisados por auditores fiscais.





