Analistas do JPMorgan trouxeram uma notícia que pode aliviar um pouco os ânimos dos entusiastas do Bitcoin. Na última terça-feira (9), eles afirmaram que tanto o Bitcoin quanto outras criptomoedas ainda têm potencial para valorizações, mesmo após a recente queda da moeda.
Muitos investidores estavam preocupados com a possibilidade de uma nova fase de baixa, especialmente depois da queda do Bitcoin para US$ 81 mil no mês passado. No entanto, os especialistas do banco não acreditam que um “inverno cripto” esteja à vista. Em suas observações, mencionaram que, apesar da correção significativa vista em novembro, não enxergam isso como um sinal de problemas mais profundos no ecossistema das criptomoedas.
O Bitcoin terminou o mês com uma queda de 9% em relação ao seu preço em janeiro, marcando um declínio anual pela primeira vez desde maio de 2023. Na última terça, estava sendo negociado a cerca de 1,5% a menos que US$ 93 mil, e nesta quarta-feira, a marca era próxima de US$ 92 mil. Em comparação ao ano passado, o Bitcoin apresenta uma queda de 5%.
Mesmo assim, os analistas do JPMorgan notaram que os preços dos ativos digitais estavam “inflacionados” logo após as eleições gerais nos EUA em 2024, quando o ex-presidente Donald Trump foi reeleito. Eles também observaram que a capitalização de mercado de vários tokens caiu mais de 20%, afetando significativamente os volumes de negociação. Apesar disso, as stablecoins demonstraram resiliência, com crescimento contínuo em seus volumes pelo 17º mês consecutivo.
Otimismo com cripto segue firme
A atualização mais recente do JPMorgan é importante, pois sugere que os ciclos de quatro anos nos preços do Bitcoin, que sempre foram uma constante, podem estar mudando. Essa alteração está relacionada ao fenômeno conhecido como halving, mas o mercado de criptomoedas tem evoluído de forma rápida e intensa nos últimos anos.
Quedas drásticas podem ser menos prováveis, segundo Eric Balchunas, analista sênior de ETFs da Bloomberg. Ele comentou que os investidores que adquirem Bitcoin por meio de fundos negociados em bolsa (ETFs) tendem a ser mais estáveis, o que pode resultar em uma maior estabilidade nos preços.
Esse otimismo foi reforçado pelo banco Standard Chartered, que ressaltou a expectativa de uma política monetária mais frouxa por parte do Fed, o banco central dos EUA. Contudo, o banco também reconheceu uma recente diminuição nos fluxos de entrada referente a ETFs de Bitcoin.
Geoffrey Kendrick, chefe de ativos digitais do Standard Chartered, afirmou que “desta vez é realmente diferente” e expressou a crença de que os invernos cripto já fazem parte do passado.
