Justiça argentina autoriza extradição de casal da Braiscompany
A Justiça argentina decidiu acatar o pedido de extradição para o Brasil do casal responsável pela pirâmide financeira Braiscompany, Antônio Neto e Fabrícia Farias. Essa decisão foi anunciada no dia 26 de novembro, mas os réus ainda têm a chance de apresentar um recurso.
A confirmação veio da Justiça Federal da Paraíba, que detalhou que a ordem foi emitida pelo Tribunal Nacional Criminal e Correcional Federal da Argentina. Importante ressaltar que o tempo que o casal passar detido na Argentina será contado como parte de uma futura pena no Brasil.
O Caso Braiscompany
Antônio e Fabrícia deixaram o Brasil assim que a Braiscompany começou a falhar nos pagamentos prometidos aos seus clientes. As investigações pelos órgãos competentes aumentaram, e foi nesse clima de pressão que acabaram sendo presos na Argentina, em março do ano passado. Após a prisão, conseguiram uma autorização para ficar em prisão domiciliar enquanto aguardavam a evolução do processo.
Os advogados do casal confirmaram que planejam recorrer da decisão da Justiça argentina.
A Braiscompany prometia retornos fixos por meio de investimentos em criptomoedas, mas, na realidade, era apenas um esquema de pirâmide. Os clientes eram instruídos a comprar Bitcoin e enviá-los para a wallet da empresa. As autoridades brasileiras estimam que o esquema causou um prejuízo de R$ 1,1 bilhão a cerca de 20 mil vítimas.
Em dezembro de 2022, a Braiscompany interrompeu os pagamentos. Com a situação se agravando, o Ministério Público Federal abriu um processo criminal em fevereiro de 2023, resultando na emissão de mandados de prisão preventiva. No entanto, Antônio e Fabrícia fugiram antes de serem capturados.
Em março de 2024, o casal foi localizado e preso em um condomínio fechado em Escobar, na Argentina. Eles estavam morando lá com seus filhos, e, após algumas movimentações judiciárias, Fabrícia conseguiu o direito de cumprir pena em casa; Antônio também recebeu o mesmo benefício posteriormente.
Vale ressaltar que, durante esse período na Argentina, o casal teve uma filha. Em fevereiro do ano passado, a Justiça Federal já havia condenado Antônio a 88 anos e 7 meses de prisão e Fabrícia a 61 anos e 11 meses, além de outras oito pessoas envolvidas no esquema.





