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Justiça britânica realiza a maior apreensão de Bitcoin da história

A chinesa Zhimin Qian, de 47 anos, foi condenada no Reino Unido após uma longa investigação de fraude que resultou na apreensão de nada menos que 61.000 BTC. Essa quantidade representa a maior apreensão de Bitcoin da história, avaliada em cerca de 5,5 bilhões de libras — ou uns impressionantes R$ 38 bilhões.

A operação foi conduzida pela Polícia Metropolitana de Londres após sete anos de investigações em parceria com autoridades da China e do Reino Unido. O caso, de fato, é marcado como uma das maiores apreensões de criptomoedas já registradas.

Zwimin, também conhecida como Yadi Zhang, organizou entre 2014 e 2017 um golpe envolvendo mais de 128.000 vítimas na China. O dinheiro obtido de forma ilícita foi transformado em Bitcoin. Em 2018, ela entrou no Reino Unido com documentos falsos e tentou lavar parte dos fundos adquirindo imóveis, com a ajuda de uma cúmplice chamada Jian Wen, que já foi condenada a seis anos e oito meses de prisão.

A prisão de Qian veio após a polícia localizar um associado dela, Hok Seng Ling, de 46 anos, que estava em Derbyshire. Ambos foram detidos em abril de 2024. Durante a ação, além das criptomoedas, as autoridades confiscavam dispositivos criptografados, bastante dinheiro em espécie, ouro e outros ativos digitais avaliados em £11 milhões.

No tribunal de Southwark, ficou claro que Qian admitiu ter adquirido e mantido propriedades obtidas de forma criminosa em Bitcoin, enquanto Ling se declarou culpado por transferir esses ativos ilegais. As sentenças de ambos estão agendadas para os dias 10 e 11 de novembro deste ano.

Maior apreensão de Bitcoin da história

Will Lyne, que lidera o comando de crimes econômicos e cibernéticos da Met Police, ressaltou que este é um dos maiores casos de lavagem de dinheiro na história do Reino Unido e um dos maiores envolvendo criptomoedas no cenário global. Ele também elogiou a dedicação das equipes investigativas e a cooperação internacional com a polícia chinesa.

Isabella Grotto, a detetive que coordenou as investigações, destacou que levar Qian à prisão foi o fim de anos de fuga e que o processo exigiu uma análise minuciosa de milhares de documentos em diferentes jurisdições.

O ministro da Segurança, Dan Jarvis, enfatizou que “o Reino Unido nunca será um refúgio seguro para criminosos e seus ganhos ilícitos”. E, como se isso não fosse suficiente, a Coroa britânica já está se preparando para processos de confisco, com a intenção de garantir que os réus não se beneficiem de seus ativos.

Rafael Cockell

Administrador, com pós-graduação em Marketing Digital. Cerca de 4 anos de experiência com redação de conteúdos para web.

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