A recente tentativa de Bernardo Srur, o presidente da ABcripto, de afastar conselheiros que queriam a troca de liderança na entidade, saiu pela culatra. Nesta quarta-feira, 19 de abril, o juiz César Augusto Vieira Macedo atendeu um pedido do advogado Daniel de Paiva Gomes, que estava entre os conselheiros citados na ação. O resultado? Bernardo agora tem até três dias úteis para convocar uma Assembleia Geral Extraordinária (AGE), onde o futuro da presidência será discutido.
Se ele não cumprir esse prazo, pode enfrentar uma multa de R$ 2 mil por dia, com limite de 30 dias. Em sua decisão, o juiz destacou que, segundo o Estatuto da ABcripto, se não houver uma assembleia, o atual presidente será automaticamente reeleito quando seu mandato terminar em 16 de dezembro de 2025. Ele enfatizou a urgência da situação ao conceder a tutela.
Na verdade, essa decisão vai exatamente na direção oposta que Srur queria. Em 4 de novembro, ele havia solicitado a anulação de uma reunião do Conselho Administrativo que aconteceu no dia 23 de outubro. Naquela reunião, os conselheiros pediram a convocação de uma assembleia para discutir a presidência da entidade.
Esse movimento no Conselho reflete a preocupação com a proximidade do fim do mandato de Srur. De acordo com o estatuto, caso a nova eleição não ocorra até a data limite, ele continuará como presidente por mais um ano. No entanto, Bernardo alega que o pedido de assembleia feito pelos conselheiros tinha irregularidades, como falta de quórum e procurações fora de validade.
A situação é, sem dúvida, um reviravolta no comando da ABcripto, e tudo indica que os próximos dias serão decisivos para o futuro da entidade.
