Luxemburgo é o primeiro da Zona do Euro a investir em Bitcoin
Gilles Roth, o ministro das Finanças de Luxemburgo, trouxe uma novidade interessante nesta quarta-feira (8): o país vai investir em Bitcoin e outras criptomoedas. Isso faz de Luxemburgo a primeira nação da Zona do Euro a dar esse passo em direção aos ativos digitais.
Mesmo com sua população de apenas 635 mil habitantes, o que o torna o segundo menor país da região, Luxemburgo é notável por ter o maior PIB per capita do mundo. Isso significa que, em termos econômicos, cada cidadão lá gera uma quantidade significativa de riqueza.
O país também se destaca como um poderoso centro de investimentos. É considerado o segundo maior hub de fundos do planeta, apenas atrás dos EUA. Além disso, desempenha um papel importante no private banking na Zona do Euro, o que mostra como é um endereço atraente para questões financeiras.
Luxemburgo anuncia investimentos em Bitcoin e outras criptomoedas
Os planos de investimento em Bitcoin serão realizados através do Fundo Soberano Intergeracional de Luxemburgo (FSIL). Inicialmente, a alocação será modesta, cerca de 1% do capital total do fundo. Essa decisão indica uma nova perspectiva sobre o mercado de criptomoedas.
O ministro menciona que esse orçamento tem como objetivo promover uma economia mais sustentável e assegura que as novas tecnologias terão destaque. Além do investimento em Bitcoin, o FSIL planeja destinar 15% de seus recursos para “ativos alternativos”, dos quais 1% será especificamente reservado para criptomoedas.
Atualmente, o FSIL administra aproximadamente € 599 milhões (cerca de R$ 3,7 bilhões). Portanto, o investimento de 1% se traduz em cerca de € 6 milhões, o que poderia garantir a compra de cerca de 58 bitcoins a preço atual. Para ter uma ideia, isso significaria que cada um dos 635 mil cidadãos teria direito a apenas 0,00009 BTC, ou aproximadamente R$ 59.
Decisão de Luxemburgo pode influenciar outros países a comprarem Bitcoin?
Embora o investimento em Bitcoin por fundos soberanos não seja uma novidade, já que o Fundo Soberano Norueguês (NBMI) investe indiretamente nessa criptomoeda há mais de um ano, a ação de Luxemburgo pode ter um peso maior. Como parte da Zona do Euro, a decisão pode criar um efeito dominó entre os outros países da região, como Alemanha, França, Itália e Espanha.
Essa iniciativa ocorre em um momento relevante, já que a União Europeia está avançando em discussões sobre o lançamento do Euro Digital. Documentos divulgados recentemente pelo Banco Central Europeu trazem detalhes sobre os custos iniciais desse projeto, que, por enquanto, ainda não tem uma data marcada para lançamento.
Com essas movimentações, Luxemburgo parece querer não apenas entrar na onda das criptomoedas, mas também possibilitar um cenário mais inovador e tecnológico na Europa.