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Mara Holdings adquire 64% da Exaion, especialista em IA e HPC

A MARA Holdings, a maior mineradora de Bitcoin do mundo em termos de produção, anunciou um acordo bastante significativo na área de inteligência artificial. A empresa está investindo US$ 168 milhões para adquirir 64% da Exaion, que é uma subsidiária da Électricité de France (EDF), uma das maiores geradoras de energia de baixo carbono no planeta.

Esse contrato, que foi revelado na última terça-feira, inclui uma opção para a MARA aumentar sua participação para 75% até 2027, podendo investir mais US$ 127 milhões, desde que algumas metas de desempenho sejam alcançadas.

Exaion: tecnologia de ponta em colaboração com gigantes

A Exaion é conhecida por desenvolver data centers de computação de alto desempenho e oferece infraestrutura de IA e nuvem, em parceria com grandes nomes como a Nvidia e a Deloitte. A MARA destacou que este acordo permitirá que a Exaion amplie sua atuação globalmente, atendendo tanto a empresas quanto a órgãos públicos.

A previsão é que essa transação seja concluída no quarto trimestre do ano, após as aprovações necessárias. Fred Thiel, CEO da MARA, comentou que com o aumento da preocupação com proteção de dados e eficiência energética, a união da MARA com a Exaion possibilitará a oferta de soluções de nuvem seguras e escaláveis, alinhadas com o futuro da IA.

O momento da mineração de Bitcoin

Esse movimento da MARA para o setor de IA acontece em um cenário onde a dificuldade de minerar Bitcoin (BTC) disparou, aumentando o consumo de energia. Isso acaba pressionando as margens de lucro dos mineradores, que precisam investir em equipamentos mais eficientes ou fontes de energia mais baratas.

Embora a MARA lide com uma das maiores potências de hashrate e valor de mercado, ela foi uma das últimas grandes mineradoras a apostar forte na IA. Thiel explicou em um bate-papo na plataforma X Spaces que a empresa optou por não entrar na “primeira onda” de expansão para IA e data centers, preferindo investir em um parceiro que já possuísse experiência e uma boa base de clientes.

Competição acirrada na mineração de BTC

No mês de julho, a MARA minerou 703 Bitcoin, uma quantidade abaixo da concorrente IREN, que fez história ao minerar 728 BTC no mesmo período. Essa queda na produção pode ser atribuída ao número reduzido de máquinas em operação.

Por outro lado, a MARA viu sua receita crescer 64% em relação ao ano anterior, alcançando US$ 238 milhões no segundo trimestre. A mineradora ainda mantém um estoque de 50.000 BTC, avaliados em cerca de US$ 6 bilhões, sendo a segunda maior tesouraria de Bitcoin, atrás apenas da Strategy, de Michael Saylor.

Rafael Cockell

Administrador, com pós-graduação em Marketing Digital. Cerca de 4 anos de experiência com redação de conteúdos para web.

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