Medos sobre Bitcoin a US$ 124 mil são descartados; indicadores neutros
O cenário atual do Bitcoin tem gerado bastante discussão entre investidores e entusiastas do mercado. Embora a criptomoeda tenha alcançado o impressionante pico de US$ 124.500, muitos se perguntam se isso realmente foi o topo do ciclo de alta. Segundo o analista Merlijn The Trader, isso não passa de “ruído” e, na verdade, todos os 30 indicadores de pico que ele monitora ainda estão em estado neutro.
30 de 30 indicadores sugerem que o Bitcoin ainda tem espaço para subir
Recentemente, Merlijn destacou que nenhum dos 30 indicadores de pico que acompanham o Bitcoin está emitindo sinais preocupantes. Esse tipo de análise é fundamental, pois historicamente, os topos de ciclo do Bitcoin surgem quando múltiplos sinais de “superaquecimento” aparecem nas ferramentas de análise.
Um dos instrumentos usados é o Puell Multiple, que aumenta quando os mineradores recebem receitas muito altas. Atualmente, ele mostra um valor de apenas 1,39, bem abaixo da zona de alerta, que é de 2,2. Outro indicador importante é o MVRV Z-Score, que está em níveis neutros, sem sinais de que o mercado esteja superaquecido, como vimos em ciclos anteriores.
Detentores experientes de BTC permanecem impassíveis
Os dados disponíveis sustentam a ideia de um mercado otimista. Atualmente, muitos investidores novatos, que possuem Bitcoin há menos de um mês, apresentam perdas de cerca de 3,50% e estão se desfazendo de suas posições. Em contrapartida, aqueles que mantêm Bitcoin por um período maior, de um a seis meses, estão lucrando em média 4,50%.
Esse movimento de venda dos novatos é um processo natural. Como explicou o analista CrazzyBlockk, essa “limpeza” tende a transferir as moedas para detentores mais experientes, com melhores fundamentos e convicção. Embora para quem comprou recentemente no pico isso possa ser doloroso, essa transição pode fortalecer a base para futuros aumentos.
US$ 70 milhões em posições long de BTC liquidadas
Outro ponto importante a ser considerado é a liquidação de US$ 70 milhões em posições long. Isso aconteceu após o preço do Bitcoin cair para menos de US$ 111.000. O Open Interest foi significativamente afetado, evidenciando uma forte pressão vendedora no mercado.
Das liquidações mais recentes, o volume dos compradores na Binance com custo elevado caiu quase US$ 1 bilhão. O que isso indica? Que o mercado se tornou estruturalmente mais saudável, com menos compradores excessivamente alavancados. Há uma expectativa de recuperação, especialmente se o Bitcoin conseguir consolidar-se em níveis importantes, como entre US$ 117.000 e US$ 118.000.
O preço do Bitcoin ainda pode cair para US$ 100 mil?
Observando o gráfico semanal, parece que a recente queda do Bitcoin se assemelha mais a uma correção do que a um sinal de que o mercado atingiu seu ápice. Desde o início de 2023, o BTC demonstrou quedas robustas entre 20% e 30%, seguidas de recuperações.
A recente descida de 12% é leve e ainda está acima da média móvel exponencial de 20 semanas — que está próxima de US$ 108.000. Esse nível tem funcionado como um suporte durável durante a alta atual. Se o Bitcoin se reerguer a partir desse ponto, ele está a um passo de retomar desafios em relação aos picos anteriores, mesmo podendo almejar US$ 150.000 até o fim de 2025.
Entretanto, se houver uma descida abaixo da média móvel de 20 semanas, podemos ver uma correção mais profunda que pode empurrar o preço em direção à média de 50 semanas, situada em torno de US$ 95.300. Essa média frequentemente marca os mínimos em correções em mercados em alta.
Em resumo, o desempenho do Bitcoin está repleto de nuances e possibilidades — o futuro ainda guarda surpresas.